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Obras do entorno custam 10% de um Maracanã

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Os R$ 1,049 bilhão gastos na reforma do Maracanã provocaram questionamentos na sociedade carioca, por conta do volume de recursos públicos empregados nas obras pelo governo do estado. No entanto, a fatura para o contribuinte será ainda maior, pois a prefeitura do Rio gastará outros R$ 109,5 milhões no entorno do estádio, pouco mais de 10% do valor da reforma do Maracanã.

As obras externas, com prazo de entrega previsto para 27 de maio, visam criar o Parque Maracanã e preveem a reurbanização de 49 mil m², englobando as avenidas Radial Oeste e Maracanã e as ruas Eurico Rabelo e Professor Manuel de Abreu, além de trecho da Rua Visconde de Niterói. São prometidos 45 mil m² de paisagismo, com o plantio de 122 palmeiras e 203 árvores nativas, a construção de uma ciclovia e a instalação de 266 luminárias em LED e 59 projetores de vapor metálico.

Também está incluído no custo total da obra a construção de uma passarela que ligará o estádio à Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, e tem conclusão prevista para o primeiro semestre de 2014. A passagem terá 530 m de comprimento por 5 m de largura e quatro grandes tabuleiros metálicos, para auxiliar no escoamento do público para as áreas de apoio dos eventos internacionais.

Parque Madureira teve gastos menores

A comparação de valores com o Parque Madureira, parcialmente inaugurado pelo prefeito Eduardo Paes em junho de 2012, chama a atenção para os custos no entorno do estádio. Enquanto as obras do Parque Maracanã saíram por R$ 109,5 milhões, todo o Parque Madureira - com área total de 450 mil m² - deve custar apenas R$ 300 milhões. Ou seja, terá um orçamento três vezes maior em uma área quase dez vezes superior à do entorno do estádio. 

A primeira etapa, que engloba 93 mil m² e já foi concluída, custou R$ 100 milhões. Nesse valor estão incluídos uma ciclovia, pistas de skate, a Praça do Samba - espaço para shows com capacidade para mais de 3 mil pessoas - e diversos equipamentos esportivos, como quadras de volei, volei de praia, basquete, campo de futebol de grama sintética, academias ao ar livre e áreas para a prática de bocha e tênis de mesa. Também fazem parte do valor o tratamento urbanístico e paisagístico da área.

Já a expansão,  cujas obras devem começar ainda este ano, tem previsão de gastos em R$ 200 milhões. Além da já citada pista de esqui - capaz de receber até mesmo campeonatos oficiais de snowboard - a área deve contar com uma pista de bicicross, um half pipe para prática de skate, um centro de treinamento de tênis com duas quadras, academia da terceira idade, um mirante, um anfiteatro e um espaço para exposições artísticas. O projeto engloba ainda um terminal de ônibus e um novo projeto de paisagismo.