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Padilha defende nova empresa de serviços hospitalares

Ministro alertou aos riscos da dengue para os acima de 60

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O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu o programa nacional de transplantes que está sendo efetuado no Rio de Janeiro. Segundo ele, foi publicada hoje, no Diário Oficial da União, a recomposição da equipe de transplantes do Hospital Geral de Bonsucesso (HGB), na zona norte do Rio, que havia tido as cirurgias paralisadas no final do ano passado. O HGB era o único pólo de cirurgias pediátricas de rim e fígado no Rio de Janeiro.

“Vamos dar continuidade ao programa de transplantes no Rio de janeiro, que tem sido um sucesso em 2012. Aumentamos em 80% o número de transplantes de fígado e 40% nos transplantes de rim. A continuidade foi um novo serviço no Hospital da Ordem Terceira e no Hospital da Criança, que mantiveram a ordem dos transplantes. Ninguém deixou de ser transplantado, e se for necessário, isso ocorrerá em Bonsucesso", disse Padilha. Para isso, segundo ele, a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares(EBSERH) é fundamental:

" A grande aposta do Governo Federal é a nova Empresa Brasileira de Hospitais, porque ela vai permitir gerenciar os hospitais federais de forma mais profissional, com a gestão mais ágil e poder contratar mais profissionais, com padrões salariais mais compatíveis ao que tem acontecido no Rio de Janeiro. Ela(a EBSERH) terá mais rigor no controle, inclusive no ponto eletrônico dos profissionais. A informatização que nós fizemos no ano passado fará com que possamos valorizar, pagar melhor, mas também cobrar mais rigor no atendimento", explicou Padilha.

O ministro lembrou ainda a necessidade de valorização dos médicos. "Faltam médicos no país. O Brasil tem 1,9 médicos por 1000 habitantes, a Argentina dispõe de 3,2. É preciso valorizar mais aos médicos, e isso só será possível com essa nova empresa", finalizou o ministro, ressaltando que a empresa já está presente nos principais hospitais federais do Rio de Janeiro.

Há quem, no entanto, discorde que a EBSERH seja a salvação da saúde no Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro (RJ) realizará no dia 3 de maio uma audiência pública sobre a possível administração das unidades de saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A audiência visa estimular o debate sobre a transferência de serviços públicos de saúde e de educação à pessoa jurídica de direito privado, além de colher informações sobre a atual política de seleção de recursos humanos para as unidades de saúde da UFRJ bem como a adesão à EBSERH.

Dengue é assunto

A pauta de Padilha também foi a dengue. Com 700 mil pessoas infectadas em todo o país e 123 mil só no Rio de Janeiro, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, os cuidados com a doença precisam ser redobrados até o final de maio, segundo o ministro. "É o período de maior transmissão da doença. Mesmo com menos casos graves, temos que reduzir óbitos", explicou Padilha, que ressaltou os cuidados com os com mais de 60 anos:

" Chamar muito a atenção para pessoas com mais 60 anos, que têm um risco 13 vezes maior de caso grave ou  óbito. Essa ação com idosos é fundamental neste momento", reforçou o ministro da Saúde.