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Crise nas universidades: Grupo Galileo tem até início de abril para se explicar

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As dívidas salariais de funcionários e professores das faculdades Gama Filho e UniverCidade, administradas pelo Grupo Galileo Educacional, foram temas de um audiência pública realizada, nesta quarta-feira (27/03), na Comissão de Trabalho, Legislação e Seguridade Sociais da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). “Se as assembleias internas organizadas por eles não forem suficientes para solucionar o problema, marcaremos uma reunião com todas as centrais sindicais, representações estudantis e empresários”, disse o presidente da comissão, deputado Paulo Ramos(PDT).

Durante audiência, realizada no Auditório Senador Nelson Carneiro, no prédio anexo ao Palácio Tiradentes, foram debatidas quais as medidas a serem adotadas caso o Grupo Galileo não cumpra sua promessa de dar uma resposta aos funcionários, professores e alunos já no próximo mês. Uma ação civil pública pedindo que o Ministério de Educação intervenha diretamente na situação das duas instituições já está em processo no Poder Judiciário.

“Ficamos muito incomodados com a insinuação feita pelo grupo Galileo de que as comissões de Trabalho e Parlamentar de Inquérito (CPI) da Alerj estariam atrapalhando as negociações. Mas acho que é o contrário. Ao revelar os problemas encontrados, queremos também que os mesmos sejam solucionados”, declarou o deputado Robson Leite (PT).

Segundo o presidente do Sindicato dos Professores do Rio (Sinpro-Rio), Wanderley Quêdo, a fusão das faculdades Gama Filho e da UniverCidade é ilegal. “A lei permitiu que o grupo Galileo mantivesse ambas as instituições, mas não que as tornasse uma só”, denunciou. Ele disse que o fechamento de quatro campus das instituições, em novembro de 2012, fez com que o curso de Enfermagem da UniverCidade fosse ministrado em um prédio da Gama Filho.

Já o presidente do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Rio (Saae-RJ), Elles Carneiro, lembra que já foi prometido que os salários atrasados seriam pagos. “Esperemos que o ônus não caia em cima dos funcionários, porque isso seria inaceitável”, disse. O deputado Paulo Ramos finalizou: “Se as expectativas dos professores e funcionários não se concretizarem, serão todos convocados para uma reunião, que não será audiência pública, mas uma tentativa de negociação que pretendemos supervisionar”, finalizou Paulo Ramos.