ASSINE
search button

Dilma quer medidas drásticas para retirar população do risco

Chega a 16 o número de mortos em Petrópolis. Buscas serão retomadas na manhã desta terça (19)

Compartilhar

As buscas por quatro desaparecidos em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, foi encerrada na noite desta segunda-feira (18), por volta das 18h. Até o momento, 16 corpos foram resgatados, e as buscas devem ser retomadas na manhã desta terça-feira (19). A última vítima fatal resgatada foi uma menina, ainda não identificada, que tinha por volta de 6 anos.

A região da cidade imperial mais afetada foi o Quitandinha. Também houve deslizamentos no bairro conhecido como Morin e 24 de maio. Depois de alguns rios localizados em Petrópolis subirem em média 2,5 metros, as principais ruas do centro histórico estão completamente enlameadas e sujas. Muitos comerciantes perderam mercadorias em função do alto nível que chegou a água da chuva. De acordo com informações da Defesa Civil, em 24 horas o volume de chuva registrado chegou a 440 mililitros. O esperado para todo o mês de março era 270 mililitros.

Conforme informaram vizinhos de vítimas do Quitandinha, sete crianças da mesma família participavam de uma festa de aniversário de uma delas. Nenhuma conseguiu escapar com vida. Dois corpos já foram resgatados - o de um menino e o de uma menina, ainda não identificados. Outros dois mortos, já sepultados nesta segunda, eram agentes da Defesa Civil municipal de Petrópolis. Eles tinham salvado 20 pessoas, quando uma casa em que estavam desabou e eles não tiveram tempo de sair.

>> Cabral anuncia liberação de R$ 3 milhões para áreas atingidas pela chuva

>> Vizinha de casas que desabaram em Petrópolis relata momento de tensão  

Na noite desta segunda, a presidente Dilma Rousseff falou sobre a possibilidade de medidas mais drásticas por parte dos órgãos de defesa civil para retirar pessoas que se recusam a sair de áreas com risco de desastres.

“Eu acho que vão ter de ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem nas regiões que não podem ficar, porque aí não tem prevenção que dê conta, se você fica numa região, num determinado lugar, mesmo sabendo que tem que sair (…) É uma questão também de conscientizar porque senão… de fato, o homem não tem condição de impedir desastre, não tem. O que ele pode impedir é a consequência do desastre, e é isso que a gente tem lutado para fazer no Brasil, seja através dos sistemas de satélite, seja através dos pluviômetros, ou da articulação de todas as defesas civis do Brasil”, afirmou em Roma, onde deve se encontrar com o papa Francisco nesta terça-feira.