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Na ABI, apoio à preservação do Célio de Barros 

Destaque do evento foi campeã olímpica Maurren Maggi

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Um apelo de preservação da história marcou o ato contra a demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros, que reuniu cerca de 150 pessoas, entre eles treinadores e atletas usuários do local, no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), nesta quinta-feira (31).

No evento, que contou com a presença da campeã olímpica Maurren Maggi, os presentes assinaram um documento para manifestar o interesse de preservar o Célio de Barros. Este será entregue à presidente Dilma Rousseff, ao ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, e ao presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. O deputado federal Chico Alencar (Psol) e o vereador do Rio Eliomar Coelho (Psol) também prestigiaram o encontro.

Oficialmente assinado pelos atletas e treinadores do estádio, em conjunto com a Federação de Atletismo do Rio de Janeiro (Farj), a Associação de Veteranos de Atletismo do Rio de Janeiro (Avat-RJ), o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas e a ABI, o documento ressalta que “por lá passaram todos os principais heróis do atletismo nacional”.

Grande estrela do protesto, Maurren Maggi, medalha de ouro no salto em distância nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, afirmou ser “inadmissível uma cidade sede de um evento como o de 2016 não se sensibilizar com a causa”.

“No Brasil já temos pouca estrutura de treinamento para a grande quantidade de atletas. Se demolirem o Célio de Barros, apagarão uma parte da história do atletismo nacional. Ali foi palco de diversos recordes da modalidade. Não podemos deixar essas histórias, que já são poucas no Brasil, irem por água abaixo”, destacou Maurren.

Ao enfatizar a importância do Célio de Barros, a campeã olímpica disse que o governo, seja ele municipal, estadual ou federal, “tem recurso para construir outro local para a prática do atletismo, mas a questão é histórica”.

O presidente da ABI, Maurício Azêdo, critica o governo que, segundo ele, “para sediar a Copa, está destruindo diversos templos do Complexo Maracanã”.

“Não podemos ceder. Todos que estão lutando contra a realidade atual de demolições não podem ceder à imposição de caráter colonialista do governo”, ressaltou Azêdo.

Apoio de Federações sul-americanas

A decisão do governo do estado de demolir o Estádio de Atletismo Célio de Barros, no complexo do Maracanã, também é advertida pela Confederação Sul-Americana de Atletismo, que emitiu nota oficial nesta quinta-feira (31) sobre o assunto.

“O imenso prejuízo dessa medida irá abalar não somente o esporte do Brasil, mas também de toda a área sul-americana, privando os desportistas do continente de um lugar apropriado para sua preparação aos Jogos Olímpicos 2016”, diz a nota OU trecho da nota, assinada pelo presidente da confederação, o brasileiro Roberto Gesta de Melo.

Nos últimos três dias, as entidades de atletismo da Venezuela, Argentina, Peru e Panamá também emitiram nota de apoio à preservação do estádio Célio de Barros.

>>Acompanhe a repercussão internacional

*Do Programa de Estágio do Jornal de Brasil