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Prefeitura não libera novas licenças para ambulantes no Carnaval

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Terminou sem acordo a reunião entre o secretário de Turismo e presidente da Riotur, Antônio Pedro, e representantes dos candidatos a ambulantes no Carnaval 2013. A Prefeitura não liberou novas licenças, como reivindicavam as centenas de pessoas que fizeram uma manifestação nesta quinta-feira na Cidade Nova.  

Segundo a comissão que se reuniu com o secretário, Antonio Pedro disse que os documentos entregues serão cadastrados para próximos eventos. Porém, o secretário não ficou com a lista de nomes, nem com as cópias dos documentos dos ambulantes, que foram devolvidas aos donos. O descaso provocou ironia e revolta nos manifestantes: "O secretário vai jogar búzios e descobrir o nome e a documentação de todos estes ambulantes que listamos aqui junto aos documentos. Ele nos fez de idiota", reclamou Carlos Pereira, que foi um dos representantes dos vendedores na reunião. Ainda de acordo com os ambulantes, Antônio Pedro teria dito que, "se quiserem vender clandestinamente, podem ficar à vontade, mas a mercadoria pode ser apreendida".

Após o encontro, os trabalhadores queriam fechar a Avenida Presidente Vargas, mas foram ameaçados por Rodrigo Fernandes, um funcionário que usava um crachá de diretor de autarquia. "Se fecharem, a porrada vai comer", disse.

Rodeado por vários policiais, Rodrigo não quis falar à imprensa sobre as ameaças.

Entenda o caso

Centenas de candidatos a ambulantes no Carnaval 2013, que aguardavam na Vila Olímpica da Gamboa a distribuição de novas licenças, seguiram até a sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, onde fizeram uma manifestação de protesto. 

A distribuição de senhas terminou nesta quarta-feira, mas os ambulantes esperavam que o prazo fosse estendido ou que novas permissões fossem dadas pela prefeitura.

Como isso não ocorreu, parte dos camelôs deixou a Vila Olímpica e seguiu em passeata, tumultuando o trânsito no viaduto Primeiro de Março, que chegou a ser interditado.

Eles elegeram três representantes para falar com o presidente da Riotur. No entanto, Carlos Pereira Filho, William Benvindo e Eleir Cláudio Quintanilha aguardaram mais de uma hora para serem recebidos. Eleir disse que se nenhuma autoridade aparecesse, a Avenida Presidente Vargas seria fechada. Por volta das 10h55, foi anunciado que a comissão seria recebida por Antônio Pedro.

A reclamação foi geral, pois, segundo os ambulantes, havia a promessa de distribuição de mais 1.200 senhas, o que não ocorreu.

O ambulante Darci Ramos Neto, que vende diariamente refrigerantes, disse que ficou um dia e meio na fila e não conseguiu a credencial. "Já perdi dinheiro por causa da fila. Muita gente atrás de mim conseguiu a licença, e eu não. Vi os próprios seguranças vendendo a senha por R$ 30 e duas caixas de isopor do kit por R$ 150", denuncia.