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Menor morre atropelado na Avenida Brasil quando fugia de assistentes sociais

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Terminou em tragédia a ação de recolhimento efetuada pela Secretaria Municipal de Assistência Social na manhã desta quinta-feira, na cracolândia da Favela Nova Holanda, na entrada da Ilha do Governador na Zona Norte do Rio.

Um menino de 10 anos viciado em crack foi atropelado e morreu quando fugia dos assistentes sociais. Ele tentou atravessar as pistas da Avenida Brasil, mas foi atingido por um veículo na faixa seletiva em direção ao Centro.

Uma faixa da via foi interditada e o trânsito apresentou vários pontos de retenção. A criança foi identificada apenas como Rafael e é morador da Vila Cruzeiro. Segundo a Secretaria, o menino estava há nove dias fora de casa. 

A ação de combate ao crack começou por volta das 4h. Logo depois, o menino atravessou as pistas correndo e foi atingido. O corpo dele já está no Instituto Médico Legal e equipes da Secretaria levaram a mãe e o tio da criança ao IML para a identificação e liberação do corpo.

De acordo com a Secretaria municipal de Assistência Social, Rafael foi atropelado logo no início da ação de acolhimento. Por isso, a operação foi interrompida e nenhum usuário de crack foi retirado das ruas.

A ação de combate ao crack é da Secretaria municipal de Assistência Social com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Já as investigações sobre a morte da criança estão sendo feitas pela 21ª DP (Bonsucesso). No registro da ocorrência o nome do atropelador consta como ignorado. Até as 9h30 desta quinta-feira ele não havia comparecido à delegacia para prestar depoimento.

A SMAS esclarece ainda que está prestando auxílio psicológico aos familiares, que vivem em situação de extrema pobreza, e financeiro para o funeral. A família informou que um irmão da vítima, de 14 anos, esteve na cracolândia ontem, dia 9, para tentar convencer o menino a retornar para casa. 

O tio disse ainda que o pai da vítima já faleceu e que a mãe também é usuária de drogas. A família, muito pobre, chegou a ser cadastrada no programa Bolsa Família, contudo perdeu o benefício por não comparecer ao Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do município e não apresentar frequência escolar dos filhos.