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MP denuncia ex-secretário e 15 funcionários fantasmas 

Grupo de Magé é acusado por vários crimes

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em atuação conjunta entre a 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e a Promotoria Criminal de Magé, ajuizou uma Ação Civil Pública e denunciou criminalmente 16 pessoas, entre eles o ex-Secretário Municipal de Transportes Wagner Kennedy Cabral Dantas, por formação de quadrilha, estelionato, peculato e falsidade ideológica. De acordo com as ações, a investigação comprovou a existência de funcionários fantasmas indicados por Wagner que recebiam salários sem trabalhar para o poder público entre o ano de 2011 e setembro de 2012. O MPRJ também requereu à Justiça a prisão preventiva de todos os denunciados.

Durante as investigações, outras irregularidades foram apuradas, como atos de improbidade administrativa e delitos contra a administração do município. Entre os fatos constatados estão o desvio de função de funcionários públicos prestando serviços particulares para o ex-Secretário de Transportes no horário de expediente e o desvio de bens públicos, como galões de água e quentinhas, além da utilização de veículo Saveiro e funcionários da Prefeitura de Magé para os serviços de uma Usina de Asfalto, empresa particular de propriedade do ex-Secretário.

A investigação durou quatro meses após o recebimento de uma denúncia anônima. Foram realizadas oitivas de várias testemunhas, diligências pelo Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) e análise de documentos remetidos pelo Município.

Entre os demais denunciados estão Carla Lúcia Faria Bastos (secretária de Wagner e responsável pela folha de ponto), Valdir Dantas (segurança de Wagner), Rita de Cássia de Lima, Igor Dantas, Edson Dantas, Luis Carlos da Costa Batista, Arthur Andrade Moura, Ricardo Ferreira, Luis Carlos Batista Tato, Maurício da Silva Gomes, Wellington José Emílio G. Júnior, Francisco de Paula Magalhães Minhava, Naadja Lima Marcondes, Rogério de Moura Pinto e Jucélia dos Santos.

Valdir e Carla Lucia foram presos na manhã de quarta-feira (19/12) em Magé. Também foram deferidas medidas cautelares para manter os ex-servidores municipais afastados das repartições públicas do município para evitar manipulação de provas, bem como a suspensão das atividades daqueles que ainda exercem funções na secretaria.