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Incêndio atinge lojas na Saara

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Um incêndio de grandes proporções atingiu pelo menos três lojas da Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega)- maior centro de comércio popular do Rio, na manhã deste sábado. Veículos do Corpo de Bombeiros de três quarteis - Central, Zona Portuária e Vila Isabel - combateram as chamas. Segundo o Corpo de Bombeiros, não há vítimas.

De acordo com o presidente da Saara, Enio Bittencourt, os bombeiros teriam demorado 30 minutos para chegar. O local está com grande movimentação principalmente em razão da proximidade do Natal.

O fogo teria começado por volta das 9h30, no estoque que funciona no segundo andar de uma loja de artigos infantis, que ocupa dois prédios entre a Rua Tomé de Souza e a Praça da República, no Centro, e se espalhou para outras lojas ao lado. Houve pânico e correria no momento. O estoquista que detectou o começo do incêndio tentou apagar o fogo com o extintor da loja, mas não conseguiu. O fogo se espalhou rapidamente e atingiu uma loja de bijuterias vizinha e uma malharia que fica atrás do prédio onde o incêndio começou.

No momento em que o fogo começou, apenas uma vendedora e o estoquista estavam naquele andar, e um grupo de funcionários tomava café da manhã no último andar do prédio. Segundo os lojistas, os bombeiros levaram cerca de 30 minutos para chegar ao prédio, apesar de o quartel estar localizado a cerca de seis quadras do prédio. Os bombeiros afirmam que o deslocamento levou apenas 10 minutos, e que trabalho de combate às chamas foi dificultado pelas ruas estreitas e pela pouca pressão da água nos hidrantes. O Corpo de Bombeiros informou que, na região, a pressão é inconstante nos hidrantes e a Cedae fez uma manobra para enviar mais água. Um caminhão-pipa também foi chamado para ajudar no combate ao fogo. Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o comprometimento dos imóveis atingidos será avaliado e não está descartada a hipótese de desabamento.

"Oficialmente, o Corpo de Bombeiros foi chamado às 9h44. Logo que os bombeiros chegaram aqui, pela intensidade das chamas, foi pedido reforço do quartel do Caju, que fica na Zona Portuária, e do quartel de Vila Isabel, que fica na Zona Norte", afirmou o sargento Dimas, da assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros. O locutor que trabalha na loja que fica em frente a atingida pelas chamas, Carlos Augusto Melo, disse que os bombeiros demoraram cerca de 10 minutos para chegar, mas demoraram muito tempo para estacionar os caminhões e afastar as pessoas que estavam na rua. Os bombeiros já tinham dado o incêndio como controlado, mas por volta das 11h50 da manhã as chamas retornaram ao local para, depois, serem novamente controladas.

Segundo Enio Bittencourt, a loja de artigos infantis foi totalmente destruída e todo o estoque foi perdido. Uma pessoa que não quis se identificar informou que a loja tinha cerca de R$ 3 milhões em mercadorias no estoque, mas os proprietários tinham seguro. A família dona da loja atingida tem comércio na região há mais de 30 anos, e eles têm outro ponto de comércio no Saara. 

Toda a área do incêndio, entre a rua Tomé de Souza e a Praça da República, está isolada. Cerca de 40 a 50 lojas das 1,2 mil instaladas na região do Saara estão fechadas. O presidente da Saara estima que 1 milhão de pessoas estejam circulando pela região a 10 dias do Natal. Bittencourt estima que as lojas fechadas por causa do incêndio deixem de faturar cerca de R$ 150 mil neste sábado. O Saara tem mais de 1,2 mil lojas.

“Não temos ideia do prejuízo e nem de como começou o fogo. Houve correria pois a rua estava lotada e a loja estava funcionando, pois há mais de um milhão de pessoas circulando pelas ruas do Saara”, disse Bittencourt. 

Com Portal Terra