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CSA volta a poluir casas no entorno da siderúrgica

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Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estiveram nas instalações da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) Thyssen-Krupp, em Santa Cruz, na Zona Oeste da capital fluminense, verificando denúncia feita por moradores sobre um pó prateado expelido pela fábrica que atingiu casas no entorno da siderúrgica.

A chuva de prata é um material em partículas, proveniente da produção de ferro-gusa, que já atingiu as moradias da região por diversas vezes. A presidenta do Inea, Marilene Ramos, vai divulgar o resultado da vistoria feita nas instalações da CSA. Caso seja constatada, a reincidência de crime ambiental, o órgão anunciará as medidas a serem adotadas contra a companhia.

A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) explicou, em nota, que com o tempo seco e as rajadas de vento de ontem pela manhã, o sistema que deixa o grafite úmido "não foi suficiente para impedir a suspensão das partículas".

Em agosto de 2010, o Inea multou em R$ 1,8 milhão a CSA por poluir o ar no entorno da siderúrgica com pó de prata. Em janeiro de 2011 - após outro acidente - a siderúrgica voltou a ser multada. Desta vez, em R$ 2,8 milhões. Além disso, a CSA também foi obrigada a pagar uma compensação indenizatória de R$ 14 milhões, que vem sendo investidos em obras na região, em saúde, controle de inundação e ressarcimento aos pescadores da Baía de Sepetiba.

Em abril de 2012, a companhia assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) e o Inea. A CSA assumiu o compromisso de modernizar o processo de produção para evitar novos danos ao meio ambiente na região.