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Professores da Uerj encerram a paralisação

Previsão é de que as aulas sejam retomadas no dia 24 deste mês

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Após mais de três meses de paralisação, os professores da Univerisidade do Estado do Rio de Janeiro decidiram por fim à greve em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (14). A paralisação durou mais de três meses e foi suspensa no último dia 3 depois que o governo impôs o fim da greve como condição para negociar com a categoria. A previsão é de que as aulas sejam retomadas no dia 24 de setembro.

Os docentes agora entram em estado de greve até que seja votado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro o projeto de lei referente à Dedicação Exclusiva (DE) na universidade. 

Mais de 200 professores estavam presentes no auditório da universidade. A ampla maioria votou a favor do enceramento da paralisação, três votaram contra.  O presidente da  Associação de Docentes da Uerj (Asduerj), Guilherme Mota, classificou o desfecho como "histórico", mas adiantou que as negociações não estão encerradas. 

"Sensação enorme de dever cumprido. O fato de a Uerj ser a única grande universidade sem DE enfim vai acabar", mas adverte: "A proposta do governo tem muitos problemas, nossa luta para modificá-la, porém, ocorre dentro da Alerj".

A proposta de DE oferecida pelo governo foi encaminhada à Alerj e deve ser votada na próxima semana. Os professores, no entanto, concordam que alguns pontos precisam ser alterados. O professor Mario Sergio comemorou o fim da greve mas reafirmou que agora a mobilização deve acontecer junto aos parlamentares. "A briga aqui acabou. Agora temos que sensibilizar os políticos na Alerj".

Apesar do encerramento, os docentes seguirão negociando as pautas não atendidas. Eles exigem que a DE seja implantada em 2013 - a proposta do governo é para 2015 - e buscam um reajuste de 22% para servidores e professores. A assembleia decidiu ainda pela criação de um fundo de solidariedade aos professores contratados. 

"Eles são 900 professores e representam um terço da força de trabalho da universidade. Há dois meses que nossos colegas não recebem salários", critica Guilherme Mota.

Os professores da Uerj entraram em greve no dia 11 de junho. A categoria reivindicava regime de Dedicação Exclusiva na universidade e reajuste de 22%, referente a perdas salariais dos últimos seis anos.