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Secretaria diz que ocupação da Chatuba visa devolver tranquilidade à região

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A Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro justificou, na manhã desta terça-feira, a ocupação permanente da Favela da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, onde ocorreram pelo menos 12 assassinatos nos últimos três dias.

Segundo a Secretaria, "diante da quantidade significativa de crimes bárbaros cometidos no último fim de semana por traficantes que dominam a comunidade da Chatuba,  nos municípios de Mesquita e Nilópolis, era necessária uma ação urgente para devolver a tranquilidade àquela região". 

O secretário José Mariano Beltrame determinou ontem (10) ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Costa Filho, e à chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, que adotassem medidas extraordinárias na comunidade, visando a reduzir drasticamente, e de forma permanente, a presença do crime naquela localidade.

Na madrugada de hoje, a Polícia Militar começou a retomada daquele território, preparando terreno para a instalação de uma Companhia Destacada que lá permanecerá por tempo indeterminado, consolidando assim o fim do domínio da Chatuba pelo tráfico de drogas. Uma Companhia Destacada é uma força policial de caráter permanente, com foco no policiamento ostensivo de uma determinada região. Experiências similares já vêm sendo realizadas com sucesso pela PM, que atualmente conta, por exemplo, com Companhias Destacadas nos municípios de Macaé e Niterói e nas comunidades cariocas de Morro Azul, Camarista Méier e Vista Alegre.

Paralelamente, a Polícia Civil recebeu orientações para intensificar as investigações sobre crimes na região da Chatuba e proceder, o mais prontamente possível, ao cumprimento de mandados de prisão naquela comunidade, entregando os marginais para a Justiça.

Colégios e postos de saúde fecham por causa da ocupação policial

Por conta da ocupação policialseis escolas e duas creches da Chatuba e bairros vizinhos estão fechadas. Quatro mil crianças estão sem aulas. Dois postos de saúde também não funcionam.

Já em Nilópolis e Mesquita, seis escolas estaduais não têm aulas hoje, o que afeta cerca de cinco mil alunos.

Além disso, outras cinco escolas municipais de Mesquita não funcionam na manhã desta terça.