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Uma novela que se arrasta desde 1970: shopping na Tijuca com risco de ruir 

Apesar de ordem judicial de evacuação, Defesa Civil garante que não há riscos à estrutura do prédio.

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Na madrugada desta quinta-feira (02/08), a Justiça do Rio determinou a lojistas e moradores dos prédios que compõem a estrutura do Tijuca Off Shopping que evacuassem o imóvel, por problemas causados por uma obra irregular da Construtora Sá Cavalcante para a construção de uma nova garagem.

A denúncia de um morador, em março, chamou atenção para o procedimento ilegal da construtora. Ela pretendia cortar parte de duas vigas estruturais para construir uma rampa de ligação entre a garagem e o playground, além de um novo estacionamento para o condomínio. A obra comprometeu a estrutura do prédio e causou o embargo. 

Enquanto os analistas da Defesa Civil faziam a vistoria no local, um clima de incerteza e medo se alastrava entre os lojistas. Segundo um deles, a estrutura do prédio era muito antiga, e não era a primeira vez que ouvia boatos de que ela poderia sofrer um colapso. Na verdade, como o Jornal do Brasil já noticiou diversas vezes, os problemas com a construção deste complexo datam do início dos anos 70. Por isto, muitos dos seus frequentadores, têm medo.

O lojista Edison Macedo de Assis, há três anos no local, preferiu suspender o expediente nesta quinta-feira. Muito assustado, ele deixou uma pergunta no ar. "Nós, que trabalhamos aqui embaixo desta obra, temos nossas contas a pagar, os proprietários também têm as suas despesas. Quem é que vai pagar por isso caso nós sejamos evacuados? Soube que a viga pode cair nas nossas cabeças, é uma calamidade", alarmou-se.

Enquanto isso, uma multidão se formava em frente ao Tijuca Off Shopping, entre elas, Antônio Sivolella, que não poupou críticas à construtora." A Construtora Sá Cavalcante poderia estar procurando uma solução, mas ao invés disso se deixa levar pela ganância para valorizar os apartamentos que mantém no condomínio." 

Em comunicado, a construtora responsabilizou o condomínio pelo problema. O Secretário Municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Osório, saiu do prédio acompanhado de técnicos da Defesa Civil e tranquilizou os moradores e trabalhadores, lembrando que a obra já havia sido embargada." A Defesa Civil fez nova inspeção e não existe nenhum risco iminente neste imóvel, embora ainda não tenha sido feita a recomposição dessas vigas, o que terá de ocorrer em até 15 dias. O condomínio já se comprometeu a recuperar essa estrutura a partir de amanhã "