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No Rio, Freixo critica falta de políticas públicas para ex-detentos 

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O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), criticou duramente a falta de políticas públicas para os ex-presidiários, durante panfletagem na tarde de hoje no centro do Rio. Segundo Freixo, é necessário uma política justa de reinserção na sociedade, seja através de trabalhos em obras da prefeitura, ou da regulamentação da profissão de vendedor ambulante. Muitos que deixam as penitenciárias brasileiras acabam procurando essa profissão, como única forma de ganhar seu dinheiro dignamente.

"O poder público, nas suas três esferas, tem responsabilidade sobre os egressos do sistema penitenciário. Se cada obra feita pelo município empregasse de 10% a 20% de ex-detentos, seriam reduzidos os números da violência na cidade", disse Freixo. "A outra forma que temos de reintegrar essas pessoas dignamente no convívio social é dando oportunidades para elas, através da regulamentação da profissão de vendedor ambulante. Sabemos que muitos ex-presidiários não querem mais voltar para o crime, mas eles precisam ganhar dinheiro para sustentar suas famílias e conseguirem viver com o mínimo de dignidade. Acabam encontrando na profissão de camelô essa chance", enfatizou o candidato.

Segundo o candidato do Psol, ele já conversou com os representantes dos vendedores ambulantes, para encontrar um denominador comum para a categoria e também para não prejudicar os comerciantes legalizados."O ideal é que regulamentemos esse trabalho com planejamento, para não permitir nem o caos e nem prejudicar o comércio estabelecido. E isso só vamos conseguir sentando e conversando com eles, para se pensar o melhor caminho e as melhores estratégias. Eles precisam ser respeitados pelo poder público", explicou o deputado.

"Não temos noção de quanto vamos conseguir arrecadar. É uma ideia nova para o nosso país, que não tem essa cultura de arrecadação em campanhas. Mas eu acho que isso é uma contribuição pedagógica que a nossa campanha dará ao Rio de Janeiro", afirmou o socialista. "A gente tem que criar um sentimento de pertencimento dessa sociedade à campanha", completou.

Freixo também conversou sobre a arrecadação de recursos para a campanha, que começa amanhã pela internet. Ele pretende ainda elevar o pleito político para uma forma de doação de dinheiro mais transparente e popular. Para ele, a política e os partidos sofrem um desgaste muito grande no Brasil, e por isso a população "deve ajudar" nessa forma de financiamento de campanha política.