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Batalhão de Choque cerca o Iaserj e pacientes são transferidos 

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Por volta das 21 horas deste sábado, policiais militares do Batalhão de Choque começaram a ocupar os arredores do Hospital Central do Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj), no centro da cidade. Segundo a Associação de Funcionários e Amigos do Iaserj, os policiais estão dando apoio a uma operação para esvaziar o hospital. 

Para realizar a migração, foi montada uma ação conjunta envolvendo mais de 40 profissionais entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, equipe de humanização e bombeiros. Uma junta médica analisou prontuários, exames e o estado clínico de cada paciente para determinar a condição de transferência. Dos 12 leitos de UTI existentes na unidade, onze estavam ocupados. Dez foram levados para os 24 novos leitos de UTI, construídos no Hospital Estadual Getúlio Vargas para este fim. O 11o. paciente internado, com múltiplos infartos e AVCs, não tinha condições de uma remoção segura e permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital do Iaserj.

Um outro paciente que estava internado em leito comum da unidade, foi avaliado pela junta médica como indicativo para UTI e também foi levado para o HEGV. A equipe do Getúlio Vargas recebeu todos os onze pacientes, fez nova avaliação na chegada e concluiu que a transferência foi um sucesso, segura e não alterou o quadro clínico destes pacientes.

Esta semana a Justiça suspendeu a liminar emitida em junho, autorizando a remoção dos internados na unidade e a desativação dos serviços no Hospital Central do Iaserj.

Em sessão realizada na sexta-feira (13), o plenário do Conselho Estadual de Saúde manifestou sua contrariedade ante a decisão judicial que permite ao governo do Estado transferir pacientes e desativar o Hospital Central do Iaserj. 

O Conselho afirmou por nota que não foi ouvido ou sequer consultado a respeito da matéria, o que "retira qualquer legitimidade de decisão por parte do poder executivo". O Conselho destacou ainda que faz parte da estrutura do Hospital do Iaserj o único centro de referência em doenças contagiosas do Estado do Rio (Hospital São Sebastião), e que o encerramento das atividades do Hospital do Iaserj causará grande impacto na rede pública, que teria de absorver 400 leitos públicos, incluindo leitos especializados de terapia intensiva, cirurgias endoscópicas etc.

A Secretaria Estadual de Saúde afirmou em nota, no último dia 4, que nenhum serviço do Iaserj será fechado ou interrompido. "O Iaserj possui serviços de ambulatório, 12 leitos de UTI e 18 leitos de enfermaria". Esses serviços seriam transferidos e ampliados no Hospital Estadual Getúlio Vargas e em outros pontos da cidade.

* Com informações do Portal Terra