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Reduc receberá gás metano captado no Aterro de Gramacho

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O gás metano captado no aterro controlado de Gramacho passará a ser fornecido para a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) em maio. Dos recursos obtidos com a venda do gás metano, 18% serão destinados à recuperação ambiental do bairro de Jardim Gramacho. A informação foi confirmada pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, ao falar sobre o Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam), no Clube de Engenharia, no Centro do Rio.

Segundo Minc, a comercialização do gás metano, explorado pela empresa Novo Gramacho no aterro controlado de Gramacho, irá gerar créditos de carbono. Parte dos recursos provenientes desses créditos (18%) será investida para recuperar e urbanizar o bairro de Jardim Gramacho.

- Além desta verba, vamos tentar captar recursos do Governo Federal e de outros órgãos para recuperar esse bairro - afirmou.

Sobre o Psam, que conta com recursos de R$ 1,13 bilhão – sendo R$ 800 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e R$ 330 milhões do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental) – Minc afirmou que o programa permitirá tratar 4.000 litros de esgoto por segundo antes do seu despejo na Baía de Guanabara.

O secretário do Ambiente destacou o avanço no saneamento da Baía de Guanabara e relembrou que, em 2007, apenas 2 mil litros de esgoto por segundo recebiam tratamento.

- Atualmente, estamos tratando 6 mil litros de efluentes por segundo e queremos chegar ao final do governo, em 2014, com 12 mil litros de esgoto tratado. Vamos chegar a 2016 com 16 mil litros de esgoto por segundo recebendo tratamento, um compromisso olímpico do governo - afirmou.

Segundo Minc, além do esgoto, a poluição industrial e os lixões são os grandes vilões que contribuem para a degradação da Baía de Guanabara. O secretário lembrou que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a Reduc, no valor de R$ 1 bilhão, obriga a refinaria a investir, principalmente, em mudanças tecnológicas.

- Isto permitirá à refinaria reduzir em 90% o esgoto industrial e óleo lançados na Baía de Guanabara, além de reduzir em 85% suas emissões de poluentes - afirmou, acrescentando que, até o final deste ano, todos os lixões do entorno da Baía de Guanabara serão erradicados.

Minc disse que o Comperj vai utilizar como água industrial esgoto tratado na ETE Alegria, no Caju. Segundo ele, cerca de mil litros por segundo de esgoto tratado será captado pelo Comperj para ser utilizado com finalidade industrial. Esse volume de esgoto passará por tratamento terciário para, em seguida, ser reutilizado.

O secretário destacou que, ao contrário do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), a população poderá acompanhar o andamento das obras do Psam pela internet, e que a Secretaria de Estado do Ambiente vai intensificar a articulação com os municípios.

- Com o PDBG, não havia transparência no andamento das obras, não havia articulação com os municípios e não foi usado recursos internos para fazer as redes de esgotamento sanitário e as elevatórias. As Estações de Tratamento de Esgoto foram construídas com recursos externos. Conclusão: tínhamos quatro ETEs (Sarapuí, Pavuna, São Gonçalo e Alegria) secas, tratando zero litro de esgoto. O Psam terá total transparência, vamos nos articular com os municípios e nossa prioridade será a implantação de redes coletoras de esgoto - disse.