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Um ano do massacre de Realengo é marcado por homenagens 

Em 2011, um atirador invadiu uma escola da Zona Oeste e matou 11 crianças; outras 12 ficaram feridas

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Uma vigília seguida de uma carreata pelo bairro de Realengo e uma missa aos pés do Cristo Redentor com uma chuva de pétalas de rosas marcaram um ano do massacre de Realengo - quando um jovem atirador invadiu a escola municipal Tasso da Silveira e atirou contra dezenas de alunos. Onze crianças morreram e outras 12 ficaram feridas. 

Para a organizadora da vigília em memória das vítimas, Adriana Maria da Silveira, é importante não esquecer as vítimas da tragédia. "Temos que lembrá-los sempre, porque a dor ainda é enorme", disse. Com cartazes, faixas, carros e camisetas com as fotos das crianças, os familiares fizeram cerca de uma hora de orações, em que pediram paz para a cidade do Rio. 

Apoiados pelo movimento social Candelária Nunca Mais, responsável por realizar celebrações em memória de vítimas deste tipo de tragédias no Rio, os pais de Realengo se encontraram neste sábado com o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, nos pés do Cristo Redentor, para receberam um abraço de paz.

"Essa é uma tragédia que não pode ser esquecida, como também não podem ser esquecidas, nunca, as mães que perdem seus filhos como na Candelária, na chacina de Vigário Geral e todos os dias pela violência da nossa cidade", afirma Maria de Fátima Pereira da Silva, do movimento Candelária Nunca Mais, que ajudou a organizar o evento.

"Muita gente esquece, mas ela era como minha filha. Não dá para esquecer nunca. Os amigos tentam me reanimar, mas quando chega em casa é um vazio. Meu marido nem entra mais no quarto que era dela", conta Sonia Torres, avó da menina Larissa Atanázio, morta na tragédia.

O prefeito Eduardo Paes e o arcebispo da cidade, Dom Oraní João Tempesta estiveram presentes na cerimônia do Cristo Redentor.