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Polícia Federal ouve operários de prédio que desabou no Rio 

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O delegado da Polícia Federal (PF) no RJ Fábio Scliar realiza nesta manhã uma acareação com quatro operários que trabalhavam nas obras do Edifício Liberdade, prédio no centro do Rio que desabou em janeiro desse ano.

Foram encontradas contradições nos depoimentos dos trabalhadores, segundo a PF, com relação à derrubada de um pilar. O delegado está colocando os operários frente a frente para descobrir a incoerência entre as declarações dos funcionários. A Polícia Federal entrou no caso porque o desabamento do prédio gerou danos ao Theatro Municipal, prédio tombado pela União.

Os desabamentos

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, pelo menos 17 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.