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Eike teria convidado Márcio Thomaz Bastos para a defesa do filho, Thor

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O empresário Eike Batista, pai de Thor, jovem envolvido no atropelamento de um ciclista na noite de sábado, no Rio, teria convidado o renomado advogado Márcio Thomaz Bastos para cuidar do caso. A escolha pelo nome de Thomaz Bastos, se confirmada, pode demonstrar o nível de preocupação de Eike com a gravidade do acidente, e o futuro do filho.

Reconhecido como um dos maiores advogados criminalistas do país, Márcio Thomaz Bastos foi ministro da Justiça durante o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre seus clientes, o advogado coleciona nomes de pessoas abastadas, e, atualmente, defende o médico especialista em reprodução humana Roger Abdelmassih, acusado de abusar sexualmente de suas clientes em São Paulo. Em momentos importantes da política nacional, Thomaz Bastos foi presidente da Seccional da OAB de São Paulo, de 1983 a 1985, com intensa participação no movimento Diretas Já. Em 1992, juntamente com o jurista Evandro Lins e Silva, o advogado participou da redação da petição que resultou no impeachment de Fernando Collor de Mello.

O acidente

O filho do empresário Eike Batista, Thor Batista, atropelou e matou um ciclista na noite de sábado na pista sentido Rio da rodovia Washington Luís. Detalhes a respeito de como se deu o acidente ainda são controversos. Thor alega que, no momento do choque, dirigia em velocidade compatível com a máxima permitida na estrada, e culpa a vítima pelo atropelamento. As informações, no entanto, são contestadas por familiares do ciclista e por supostas testemunhas.

Outra informação que complica o caso, apurada nesta terça-feira pelo Jornal do Brasil, é a de que o carro que causou o atropelamento, um Mercedes-McLaren, foi autorizado a ser retirado por familiares de Thor do pátio da Polícia Rodoviária Federal antes da perícia no veículo ter sido realizada por completo. O delegado titular da 62ª DP (Imbariê), Hilton Pinho Alonso, responsável por investigar o caso inicialmente, afirmou que uma "perícia complementar" foi realizada no Mercedes, depois que o carro já havia sido devolvido à família. A informação foi confirmada pela assessoria da EBX, empresa de Eike Batista.