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Acidentes são frequentes no trecho onde Thor Batista atropelou ciclista

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Moradores da região onde o filho do empresário Eike Batista, Thor Batista, atropelou um ciclista na noite de sábado, reclamam da falta de um radar eletrônico no local. Segundo eles, acidentes são frequentes na área.

Ao fim da Serra de Petrópolis se encontra o km 101 da Rodovia Washington Luís, onde aconteceu o atropelamento de Wanderson dos Santos. A reta, com velocidade máxima de 110km/h e sem fiscalização eletrônica, estimula os motoristas a trafegarem em alta velocidade.

Uma mulher que mora em frente ao local do atropelamento contou que ouviu o barulho do acidente e desceu para conferir:

“Estava em casa e ouvi o acidente. Tinha barulho de  objetos voando para todos os lados. Até me arrependo por ter descido, o rapaz estava destroçado”.

A mulher, que preferiu não se identificar, comentou que os carros trafegam a grandes velocidades e que acidentes são frequentes:

“Todo mês acontece um acidente nesta reta. Precisam colocar um radar aqui”, reclamou. 

A moradora também contou que  pessoas que viram o acidente afirmaram que Wanderson estava no acostamento no momento em que foi atingido.

O aposentado Martins do Carmo, 64 anos, mora próximo à área e chegou ao local momentos após o atropelamento. Ele acredita que Thor estava muito acima da velocidade permitida .

“Havia partes do corpo dos dois lados da rua. Amigos que viram o acidente disseram que o garoto devia estar a uns 200km/h”, contou o aposentado.

Do Carmo lembra que a bicicleta é o transporte mais utilizado pelos moradores da região, e que atropelamentos são frequentes neste trecho da rodovia.

“Há 3 anos eu perdi o meu sobrinho, atropelado. Há alguns anos, nesse trecho,  eu mesmo fui atingido por uma moto quando caminhava pelo acostamento” relatou Martins, mostrando as cicatrizes do atropelamento.

Martins contou que além  do sobrinho, o próprio filho escapou de um atropelamento quando andava de bicicleta pelo acostamento. 

“Meu filho também quase foi atropelado. Um carro veio correndo  e, por sorte, só esbarrou nele, que foi parar no córrego ao lado da pista”. 

O aposentado cobra a necessidade de um redutor eletrônico de velocidade.

“Tem que ter fiscalização eletrônica. Os carros descem a serra e encontram essa reta aqui. Eles vêm muito rápidos”, criticou Do Carmo.