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Ministro da Saúde anuncia investimentos para desafogar Hospital Miguel Couto

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve nesta sexta-feira no Hospital Miguel Couto, na Gávea, para receber informações sobre os resultados da primeira etapa de implantação do S.O.S Emergência, ação do ministério para melhorar o atendimento de urgência e emergência em todo o Brasil. Ele conheceu o novo tomógrafo da unidade, comprado com verbas federais, e assistiu a uma apresentação dos responsáveis pela unidade de saúde e do secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann.

Padilha mostrou otimismo e elogiou os resultados já obtidos com as primeiras medidas, que ele classificou como "mais urgentes", e sinalizou que é hora de adotar medidas estruturantes para melhorar ainda mais o nível do hospital:

"Essa é a nossa segunda visita ao Miguel Couto, e já pudemos notar uma melhora no atendimento de urgência e emergência. Agora, há um serviço qualificado de triagem, que diminui as filas e atende primeiramente os casos mais graves. Já implantamos três equipes de classificação de risco. Temos conseguido salvar cada vez mais vidas no Miguel Couto". garante.

A parceria entre o ministério e a Prefeitura do Rio prevê um investimento anual de R$ 3,6 milhões em equipamentos e contratação de profissionais, além de R$ 12 milhões para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a construção de uma outra unidade que abrigará leitos em UTIs. Ambas ficarão ao lado do Hospital Miguel Couto e servirão para reduzir o fluxo de pacientes na instituição, liberando espaço para mais leitos para casos de menor gravidade, e tem previsão de entraga ainda neste semestre.

No entanto, o Ministério da Saúde pode aumentar o repasse para a unidade, se for diagnosticada a necessidade:

"Se houver necessidade, vamos trazer mais recursos para melhorar o atendimento do Hospital Miguel Couto", garante.

Dengue: Rio é a cidade que mais preocupa

De acordo com Alexandre Padilha, os levantamentos do Ministério da Saúde mostram que o Rio apresenta um dos quadros mais preocupantes para uma possível epidemia de dengue no próximo verão, quando é esperada a chegada do vírus tipo 4 ao estado. Para o ministro, a capital pode sofrer seu maior surto:

"O Rio é a maior preocupação do governo federal. Um estudo que realizamos no ano passado mostrou que grande parte dos focos estavam em caixas d'água. A partir disso, orientamos o trabalho dos agentes da Prefeitura e agora, em um novo estudo, já vimos que agora os mosquitos estão dentro das casas, em pequenos recipientes. Por isso, pedimos a ajuda da população para combater o mosquito".

O ministro ainda destacou que o tratamento à vítimas da dengue tem melhorado no estado, evitando mortes e quadros mais graves:

"Temos profissionais capacitados para lidar com a epidemia, estamos preparando as UPAs para receber essas pessoas e estamos criando centros de hidratação. Apesar de registrar um número muito grande de quadros, o Rio não tem um óbito por dengue desde agosto do ano passado, o maior período da sua história".