O carnaval de rua do Rio
de Janeiro já virou tradição e cresce mais a cada ano. Para os foliões, a festa
é um sucesso. Já para os moradores do entorno, os blocos podem ser motivo para
alguns aborrecimentos. Na Gávea (Zona Sul), por exemplo, ambulantes que vieram
de longe para trabalhar no carnaval carioca resolveram acampar na praça Santos
Dumont, trazendo alguns transtornos para os moradores do bairro.
A presidente da Associação de Moradores da Gávea (AMAGÁVEA), Amélia Crespo, afirma que tem depoimentos de famílias que vieram de outros municípios e até de Minas Gerais com barracas de camping, que foram montadas na praça.
“A grande questão que fica desse carnaval é como a gente pode fazer para que a praça Santos Dumont não vire acampamento dos ambulantes. Isso tem que ser discutido, mas não é um problema só do nosso bairro. Precisamos pensar em termos de estrutura”, diz.
Ela conta que as famílias usam o espaço público para fazer suas necessidades, cozinhar e tomar banho no chafariz e que já recebeu relatos de moradores que foram afrontados e temeram por sua segurança.
Blocos
Quatro blocos de carnaval passaram pela Gávea, com autorização da prefeitura: Escangalha, Pede Passagem, A Rocha e Me Beija Que Sou Cineasta. De acordo com Amélia, todos ocorreram sem problemas. O pós-bloco, entretanto, trouxe um certo acúmulo de sujeira nas ruas, além dos já conhecidos mijões.
A AMAGÁVEA está preparando um relatório sobre o andamento do carnaval no bairro e irá solicitar uma reunião com a prefeitura para discutir os prós e os contras da festa.