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Coronel: "Não há prazo para finalizar buscas por vítimas"

Dezessete corpos já foram localizados. Outros cinco seguem desaparecidos no Rio

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Mesmo depois do anúncio de que as buscas pelos cinco desaparecidos no local onde desabaram três prédios no centro do Rio, na última quarta-feira (25), seria encerrada neste domingo, o comandante do Corpo de Bombeiros afirmou que não há prazo para finalizar as buscas.

Homens do Corpo de Bombeiros procuram os corpos de maneira minuciosa, com pás e poucas máquinas. Os cães farejadores foram enviados para o depósito da Comlurb, na Avenida Washigton Luís, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde continuam a caça aos restos mortais. Seis pedaços de cadáveres foram localizados no último final de semana, mas ainda não foram identificados.

“Não vou parar até ter certeza que não tem mais nada aqui”, afirmou Sérgio Simões na tarde deste domingo.

Os desabamentos

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 17 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.