O Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (27), a suspensão de 37 contratos de obras em hospitais federais no Rio de Janeiro. Terão novas licitações 18 contratos de serviços como vigilância e limpeza e serão cancelados quatro contratos de aluguel de equipamentos de videocirurgia e endoscopia.
De acordo com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, a Controladoria Geral da União (CGU) e o próprio Ministério estão analisando 99 contratos dos seis hospitais federais do Rio e encontraram indícios de má gestão e irregularidades. Quando a auditoria for concluída, outros contratos poderão ser suspensos ou cancelados.
"Acreditamos que já tem indícios de irregularidades possíveis como sobrepreço, formação de cartel, irregularidades administrativas, que já nos autorizam a antecipar um conjunto de medida relacionadas a esses contratos", afirmou Padilha, que garantiu que o atendimento nesses hospitais não ficará prejudicado pela cancelamento dos quatro contratos de aluguel de equipamentos.
O Hospital Cardoso Fontes e o Ipanema, que trabalham com equipamentos próprios e alugados irão remanejar alguns procedimentos para garantir o atendimento dos pacientes. Para o Hospital do Servidor e Bonsucesso, serão firmados contratos de emergência para garantir procedimentos enquanto não terminam os processos de licitação para compra de novos equipamentos.
"O esforço do Ministério da Saúde é tomar essa decisão que preserve os recursos públicos sem alterar profundamente a saúde da população", acrescentou Padilha.