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Secretaria de Segurança nega relação com suposta fraude em compras do Pan

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A Secretaria de Segurança Pública (Seseg) do Rio de Janeiro nega envolvimento com as denúncias de superfaturamento na compra de câmeras de vigilância para os Jogos Pan-Americanos de 2007, que teriam desviado aproximadamente R$ 18 milhões dos cofres públicos. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e é mais uma da série de irregularidades encontradas nas contas do megaevento, que teve custos 800% maiores do que o inicialmente estimado pelos organizadores.

O principal suspeito de envolvimento no superfaturamento é o delegado Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal na época da realização dos Jogos. Corrêa atualmente é diretor de Segurança do Comitê Organizador das Olimpíadas de 2016.

Outro envolvido no escândalo é Odécio Rodrigues Carneiro, que também é funcionário da Polícia Federal. Ele era assessor de Tecnologia da Informação da Senasp e também teria atuado em função semelhante no Comitê Organizador Local (Col) da Copa do Mundo de 2014. O Jornal do Brasil tentou contato com Odécio, mas ele não foi localizado em nenhum dos seus locais de trabalho conhecidos.

De acordo com a Seseg, "não havia ninguém da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro na comissão de licitação dos Jogos Pan-americanos Rio 2007". O processo de compra das câmeras teria sido comandado pelo Ministério da Justiça, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

A Seseg também não quis comentar as denúncias de que cerca de 600 câmeras estariam guardadas na sua sede, sem serem utilizadas na vigilância do estado do Rio. O órgão alegou "motivos de segurança" para não descriminar quais equipamentos ficaram em sua posse:

"Os equipamentos que foram comprados pelo Governo Federal, após os Jogos, foram distribuídos pela Senasp para vários estados. A Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro ficou com alguns equipamentos que não discriminamos por questões de segurança".