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Chevron: vazamento de óleo persiste e não tem data para ser extinto

Empresa pode ser multada em até R$ 150 milhões por acidente ambiental na Bacia de Campos

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Durante uma audiência pública nesta segunda-feira (12), em Macaé (Norte Fluminense), representantes da petroleira Chevron informaram  que o vazamento de óleo no Campo do Frade, na Bacia de Campos, no litoral Norte Fluminense, continua e não há previsão para controlá-lo. 

Segundo o supervisor de meio ambiente da Chevron, Luiz Alberto Pimenta Borges, o vazamento tem diminuído, ams ainda segue sem previsão de ser estancado.

“A expectativa é que haja um controle total da questão em algum tempo, no futuro. Não sei precisar (o tempo) porque essa quantidade ainda está em avaliação para saber exatamente como o óleo chegou à superfície”.

De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, a Procuradoria Geral do Estado abriu uma ação civil pública contra a Chevron. O processo pleiteia uma indenização de R$ 150 milhões, que seriam revertidos para o conjunto dos municípios produtores, que são aqueles que sofreram os riscos e até impactos diretos do vazamento de petróleo.

O vazamento começou, de acordo com a Chevron, depois que um equipamento de uma das plataformas sofreu uma pressão inesperada durante a perfuração. A empresa garante ter cessado o reservatório perfurado que mandava óleo para a superfície. Na versão da Chevron foram 2.400 barris que vazaram, o que equivale a 382 mil litros de óleo. No entanto, a empresa admitiu o problema com o óleo residual, que continua vazando.

No último dia 1º, a ANP informou que, durante uma inspeção feita no dia 22 de novembro, foi constatada a existência de gás sulfídrico (H2S) em um dos dez poços em produção no Campo de Frade, sob responsabilidade da petroleira americana Chevron.

“Esse gás é um veneno para o trabalhador. Não houve vazamento porque, se tivesse havido, poderia ter matado alguém”.

Constatada a presença do gás, a ANP interditou o poço e emitiu uma terceira autuação, além das outras duas que já haviam sido anunciadas contra a Chevron, uma delas pela fato de companhia não ter entregue todas as imagens submarinas do vazamentio de óleo no Campo do Frade que foram solicitadas pela ANP.