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Delegado: óleo pode estar sendo dispersado pela Chevron para o fundo do mar 

Justiça pode impedir que empresa americana participe de licitações públicas

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Responsável pelo inquérito que investiga as responsabilidades das empresas Transocean e Chevron - envolvidas na perfuração no Campo de Frade, na Bacia de Campos, que teria derramado 25 mil barris de petróleo no oceano - , o delegado Fábio Scliar, da Polícia Federal, informou nesta segunda-feira (21) que aguarda que a empresa americana Chevron explique como tem feito a dispersão do óleo que escapa por uma fissura de 300 metros há quase duas semanas. 

"O petróleo não pode sumir de uma hora para outra. A empresa alega que tem feito a dispersão do petróleo, mas não fornece dados sobre como está sendo feita a coleta. Eles alegam que o meio empregado é mecânico, quando adiciona-se jatos d'água aumentando a biodegradabilidade do óleo. No entanto, ainda não apresentaram documentos que comprovem isto. O óleo pode estar sendo dispersado para o fundo do mar a uma profundidade de 1200 metros", advertiu o delegado. 

A empresa, segundo o delegado, informou que entregaria documentos que comprovam que o óleo não está sendo dispersado para o fundo do mar. No entanto, ainda não cumpriu com a promessa. 

"Espero que os documentos cheguem à sede da PF ainda nesta segunda", destacou.

Multa defasada

A multa de R$ 50 milhões fixada pela Lei Nacional de Crimes Ambientais, de 1999, está defasada na opinião do secretário estadual de Meio Ambiente Carlos Minc. A legislação em vigor fixa o valor de R$ 50 milhões e permite apenas que seja feita a correção monetária dele. Com a correção, o valor chegaria a, no máximo R$ 116 milhões.