Após o vazamento de petróleo no campo Frade, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, a petroleira americana Chevron poderá ser retaliada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e ter negado o projeto de extração de petróleo na camada pré-sal.
A concessionária é detentora do campo, mas atualmente explora óleo da camada pós-sal, isto é, acima da camada de sal do fundo do oceano. Perfurações no mesmo espaço podem atingir a camada pré-sal e produzir mais petróleo.
"O resultado da análise pode não ser o que se esperava anteriormente", disse Haroldo Lima, diretor-geral da ANP. A decisão será tomada na próxima reunião da agência, marcada para quarta-feira.
Segundo Haroldo Lima, a Chevron já apresentou um projeto para exploração do pré-sal no próprio campo Frade. Além das multas, a ANP poderá negar a produção de petróleo do pré-sal à empresa.
>> Parte de multa será investida em parques do RJ, diz Minc
"Nós temos uma determinada proposta, um projeto apresentado pela Chevron à ANP, para ela fazer uma perfuração que atinja a camada do pré-sal. Esses fatos recentes introduzem na análise um dado relevante", ponderou Lima.
Atualmente, a Chevron é classificada como operadora tipo A - pode explorar petróleo em águas profundas. Se rebaixada para tipo B, ficará restrita a campos menos profundos.
"A situação dela (Chevron) ficou complicada", disse Lima. Na reunião de quarta-feira, a ANP poderá reclassificar o tipo da concessionária.