Um dos contadores do traficante Nem, ex-líder do tráfico de drogas na Favela da Rocinha, foi preso na noite deste domingo. O homem, ainda não identificado, teria oferecido a quantia de R$ 3 mil aos agentes que o capturaram. Eles não aceitaram.
Ocupação sem tiros
A megaoperação de mais de 3 mil agentes nas favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu para a ocupação da região por forças de segurança não teve um tiro disparado.
Apesar de barricadas montadas por bandidos nos acessos de uma das maiores favelas da América Latina e muito óleo espalhado nas ruas para dificultar o trabalho da polícia, a retomada do território não teve dificuldades.
Hasteamento das bandeiras
Ao som de muitos aplausos dos moradores, as bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro foram hasteadas, por volta das 13h deste domingo, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da favela da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro. Mais tarde, às 14h30, foi a vez de o Vidigal receber a cerimônia. Segundo a PM, 160 homens do Batalhão de Choque vão permanecer na comunidade até que a UPP seja implantada.
O ato, que também foi realizado em outras comunidades pacificadas, representa a expulsão dos criminosos e a volta do poder público à região. Participaram das duas cerimônias representantes de todas as instituições que colaboraram com a Operação Choque de Paz. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, cantaram o hino nacional e depois o hino da corporação. Fumaça azul foi usada para simbolizar a comemoração.
"A ação representa o sucesso de um planejamento detalhado e de união de forças. Diferentes forças com diferentes rotinas que se uniram com o objetivo comum de tomar o espaço e devolver ao povo o que ele merece", disse após o hasteamento das bandeiras o comandante da Operação de Tomada da Rocinha, coronel Pinheiro Neto