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Tudo pronto para a ocupação da Favela da Rocinha

Comunidade em São Conrado já está cercada para evitar a fuga de traficantes

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O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou que a ocupação da Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, vai ocorrer na madrugada deste domingo. A tomada da Rocinha – que já está cercada pelas forças policiais para evitar a fuga de traficantes – marca o início do processo de instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade.

Beltrame afirmou que o planejamento do processo de pacificação da comunidade envolveu todas as forças de segurança para que cada detalhe fosse checado.

– A operação está muito bem planejada para garantir a segurança dos moradores. Posso dizer à população que as polícias estão preparadas para que isso ocorra da melhor forma possível. Em todas as instalações de UPPs anteriores, não foi preciso disparar um só tiro. Esperamos que o mesmo aconteça agora, mas estamos preparados, caso haja resistência – disse o secretário de Segurança.

Desde que começou o cerco à Favela da Rocinha, vários bandidos foram presos, entre eles o chefe do tráfico de drogas na comunidade, Antonio Bonfim Lopes, o Nem. O traficante foi preso por policiais do Batalhão de Choque na noite de quarta-feira (9), na Lagoa, quando tentava fugir escondido no porta-malas de um carro.

 

PMs que prenderam Nem defendem a corporação

Pela primeira vez após a prisão do traficante, que repercutiu até na imprensa internacional, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, se encontrou com os dois policiais militares que detiveram o traficante Nem, recusando propina oferecida no valor de R$ 1 milhão.

– Nesses momentos, os policiais militares e civis se orgulham da profissão. O policial se sente valorizado. E muitas outras prisões ainda estão por acontecer – afirmou Beltrame, que já solicitou autorização ao Tribunal de Justiça do Rio para transferir o traficante Nem para um presídio de segurança máxima fora do estado.

Após receber os cumprimentos do secretário de Segurança, o tenente do Batalhão de Choque Disraeli Gomes ressaltou sua paixão pela profissão.

– Não pensava em ser policial militar. Cursei até o 5º período de Enfermagem, mas quando entrei para a corporação, me apaixonei. Hoje, sinto muito orgulho – disse o tenente.

Com apenas 26 anos e há quatro na corporação, o tenente Ronald Cadar afirmou que casos como este não são exceção, mas a regra.

– Considero esta prisão apenas mais um trabalho. A Polícia Militar tem diversas ações positivas, mas poucas são divulgadas. Essa é a ética ensinada pela corporação. Tudo na vida são escolhas, e esta foi a minha – afirmou Cadar.