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RJ: Jean Willys sobe em trio e diz que Parada Gay une todos

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Cerca de 1,5 milhão de pessoas invadiram a praia de Copacabana no Rio de Janeiro, durante toda a tarde deste domingo. Presente no primeiro trio elétrico do evento, o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) disse que o evento faz com que todos se juntem independente da sexualidade.

"As paradas viraram uma festa da cidade, do País. Ela atrai não só gays, como a população em geral. O bacana é que nesse dia ela força a convivência entre a população LGBT e os não gays. Espero que isso se estenda para o dia a dia e que reduzam o número de ataques ao homossexual", disse Wyllys, de cima do trio.

Com músicas que iam desde Madonna até Xuxa, onze trios elétricos saíram por volta de 14h30 do Posto 6 em direção quase ao final da praia e atraíram pessoas de todo o tipo e de todas as idades.

Para o presidente do Grupo Arco-Íris Cidadania LGBT, que é responsável pelo evento, Julio Moreira, a homofobia se constrói na educação. "Estamos mandando uma mensagem para a sociedade que somos todos iguais perante a paz. É possível a gente discutir a homofobia para mudar o quadro de violência cotidiana para o qual o Congresso Nacional não tem respostas", disse.

Segundo a organização, cerca de um milhão e meio de pessoas estavam na praia de Copacabana durante toda a tarde. O governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), enviou como seu representante o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento, que revelou que o dia também era de comemoração pela vitória no STF da equiparação de direitos entre casais heterosexuais e homossexuais.

"O tema desse ano é a paz e a presença das pessoas aqui demonstra isso. Temos crianças, adultos, famílias mostrando que a parada cria um novo marco civilizatório em que as diferenças não sejam tratadas como algo para gerar preconceito e descriminação", disse Nascimento.

Também presente na parada, a Secretária Nacional de Promoção dos Direitos humanos, Nadine Borges, contou que será realizado uma reunião com todos os secretários de Segurança do Brasil para discutir a homofobia. "Uma parada como essa mostra como a convivência de pessoas com diversidade é possível", disse a secretária. "Nós precisamos enfrentar a homofobia no nosso país, para isso estamos chamando uma reunião com todos os secretários de segurança do Brasil. Não podemos conviver com crimer cometidos por causa da orientação sexual", acrescentou.

A parada estava prevista para durar até as 18h30, mas o ânimo das pessoas deve se estender durante toda a noite. Vindos de Minas, os namorados Carlos Ferreira, 36 anos, e Lúcio Marques, 27 anos, pretendem ir embora só pela manhã. "Essa é a terceira vez que estamos aqui, cada ano que passa sempre melhora. Não pretendemos ir para casa tão cedo", disseram.