A organização não governamental (ONG) Greenpace promoveu, nesta terça-feira, na torre de escritórios do Shopping Rio Sul, na zona sul do Rio de Janeiro, um protesto contra a exploração no Arquipélago de Abrolhos, no extremo sul da Bahia.
Durante o protesto, ativistas vestidos de baleia foram pintados com jatos de tinta preta representando a exploração de petróleo e, tomaram o hall de elevadores na entrada do prédio, que dá acesso à Perenco, empresa dona de blocos de óleo em Abrolhos, onde os animais podem vir a morrer por causa do impacto da extração. Eles levavam faixas e cartazes com a frase "Perenco, deixe as baleias namorarem" - o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, local de extração de petróleo é também um dos escolhidos pelas baleias Jubarte, especialmente para a reprodução.
Segundo a coordenadora da campanha, Leandra Gonçalves, há em torno de 10 mil baleias no meio da estação de reprodução. De acordo com ela, a atividade extrativa na região pode pôr em risco os animais, além de afetar estoques pesqueiros e espécies em extinção. "Estamos cobrando da empresa um posicionamento sobre o banimento da exploração de petróleo e gás por 20 anos em torno do parque". E acrescentou: "Continuaremos com nosso movimento porque não queremos transformar esse local no novo Golfo do México". A Perenco é a companhia mais próxima da zona de reprodução das baleias e que, segundo o Greenpeace, ainda não respondeu aos protestos da organização.
De acordo com o Greenpeace, além da Perenco, nove empresas nacionais e estrangeiras têm concessão para exploração de 13 blocos de petróleo nos arredores de Abrolhos. São elas: Petrobras, Vipetro, OGX, HRT, Shell, Vale, Cowan, Sonangol e Repsol. Todas essas empresas receberam um documento assinado por cerca de 12 mil ativistas pedindo o fim da exploração de petróleo ao redor do parque. A ONG ainda trabalha para um acordo entre as petroleiras e o governo federal, que pode proibir a extração no local.