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Abrigamento compulsório completa três meses na recuperação de viciados em drogas

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O modelo de abrigamento compulsório adotado pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), completa três meses hoje, dia 30, já com resultados muito positivos em relação ao tratamento contra a dependência química, realizado com crianças e adolescentes. 

De acordo com as fotos que retratam o 'Antes e o Depois', a recuperação dessas crianças e adolescentes é visível. “Olhando para algumas fotos, percebemos que tínhamos casos graves de problemas de pele, doenças sexualmente transmissíveis, tuberculose, desnutrição e baixo peso. Hoje, a realidade é outra e esses resultados nos motivam a seguir em frente”, observa o secretário Rodrigo Bethlem.

São meninos e meninas que chegaram aos centros de atendimento especializado muito debilitados fisicamente, em péssima condições de higiene e com reações agressivas ao tratamento. Após receberem atendimento psicossocial, médico e odontológico, todos já aceitam bem o trabalho proposto pelos profissionais e apresentam uma evolução positiva em seus quadros de saúde. 

“Admiro a iniciativa corajosa da Secretaria de Assistência Social. Após a escravidão, as cenas mais degradantes que já presenciei foram de pessoas abandonadas em cracolândias. O Judiciário e a Prefeitura estão empenhados em oferecer uma vida digna a essas crianças que ainda não têm condições de decidir por um tratamento. Não há uma fórmula pronta para o enfrentamento ao crack. É com a união de todos os envolvidos que conseguiremos aperfeiçoar cada vez mais essas intervenções”, avalia a juíza Ivone Caetano, titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital.

Atualmente, a SMAS tem 85 crianças abrigadas compulsoriamente, 54 que foram acolhidas nas operações em cracolândias e 31 que já estavam nos abrigos e foram submetidas ao novo sistema, após 30 de maio.Cerca de 60% dos abrigados têm suas famílias localizadas pelas equipes da SMAS. 

Além de uma visível melhora nos aspectos físico e emocional, o abrigamento compulsório trouxe a possibilidade da reinserção familiar. Muitos jovens estão conseguindo resgatar o vínculo com suas famílias, devido ao trabalho das equipes da SMAS que percorrem diferentes regiões da cidade na tentativa de localizar os pais.  Na maioria, os familiares estavam sem qualquer notícia do adolescente há muito tempo e, atualmente, 60% dos jovens que estão abrigados já recebem, toda semana, a visita dos parentes.