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"Como a gente vai confiar nos bondes?", questiona morador

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Rio - Max Prata, 43 anos, costurava em sua casa quando ouviu um grande estrondo. Era o bonde de Santa Teresa que tombou e deixou cinco mortos, além de dezenas de feridos no Rio de Janeiro neste sábado. "O que dói é que é um cartão-postal de uma cidade fantástica. Como a gente que usa (sistema de bondes) vai confiar?", disse ele.

O acidente aconteceu na rua Joaquim Murtinho, altura do número 250, próximo ao Largo do Curvelo. Homens do Corpo de Bombeiros foram direcionados ao local e, após a tragédia, um ônibus passou e recolheu feridos para levar para o hospital. O veículo fazia o trajeto Lapa-Santa Teresa. As primeiras informações deram conta que a composição teria perdido o controle e batido em dois postes antes de tombar.

Max saiu correndo de sua residência e foi um dos primeiros a chegar ao local do acidente. Disse que, na tentativa de socorrer as pessoas, tentava as tirar com cuidado do veículo, mas que os bombeiros não demoraram.

Secretário admite problemas

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, admitiu que existe uma série de problemas no sistema. "Já vínhamos nos preocupando com o funcionamento do bonde. Precisamos reordenar o uso, há uma série de problemas no sistema", afirmou.

O secretario disse ainda que o Conselho Regional de Engenharia (Crea) será acionado para prestar auxílio técnico nas investigações. "Fazemos uma apuração com total transparência. Pediremos auxílio ao Crea do que tecnicamente ocorreu por aqui. É uma fatalidade, uma tragédia."