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PMs são afastados em Niterói com base em decisão de juíza assassinada

Segundo comandante do 12º BPM, acusação é de homicídio

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Cinco policiais militares lotados no 12º BPM (Niterói), na Região Metropolitana do Rio, foram afastados do patrulhamento de rua, com base em decisão da juíza Patrícia Acioli, assassinada há 14 dias. Segundo informações do comandante da unidade, coronel Paulo Henrique de Moraes, a 7ª Vara Criminal de São Gonçalo encaminhou a decisão para a Corregedoria da PM ontem. Assim, os policiais estão fazendo apenas serviços administrativos.

Apesar de não conhecer o teor das investigações nas quais seus PMs são réus, ele indica que pelo que leu da decisão, a acusação parece ser de homicídio.

"Não diz explicitamente no documento que a investigação dos cinco PMs é por homicídio, mas me parece que seja", disse o comandante, na manhã desta quinta-feira.

A juíza determinou o afastamento dos policiais por causa de irregularidades cometidas pelos agentes quando eles ainda trabalhavam no Batalhão de São Gonçalo, município vizinho. 

Apesar de ver com bons olhos a decisão da Justiça, o comandante queixa-se da redução de seu efetivo nas ruas.

"Eu tinha 890 homens para policiar Niterói e Maricá. Agora tenho cinco a menos. Afastar os PMs para investigar com cautela é muito importante, mas diminuir o número de homens nas ruas não é", opinou o coronel que está há oito meses à frente da tropa niteroiense.

Lista de policiais réus

Na última semana, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro encaminhou ao Comando-Geral da Polícia Militar fluminense uma lista com o nome de 91 policiais que são réus em processos de homicídios em São Gonçalo. O tribunal solicitou que os PMs sejam afastados. A Polícia Militar está analisando a lista e verificando a necessidade de afastar ou transferir os agentes. A participação de policiais militares no crime está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios e pela própria PM.

Com Agência Brasil