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Juíza é morta a tiros em Niterói

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Homens em duas motos e um carro mataram com pela menos 15 tiros a juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na madrugada desta sexta-feira. Ela foi assassinada quando chegava em casa, na localidade de Tibau, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

Os criminosos efetuaram os disparos quando a juíza ainda estava dentro do seu carro, um Fiat Idea Adventure cinza. Dos 15 tiros, oito atingiram diretamente o vidro da motorista.

Patrícia Acioli estava em uma lista com 12 nomes encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro deste ano no Espírito Santo. Ele seria o chefe de um grupo de extermínio, acusado de 15 mortes em São Gonçalo.

A juíza estaria marcada para morrer. No final do ano passado, Patrícia Acioli, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da Polícia Militar, acusados de integrar um grupo de extermínio no município. 

A quadrilha sequestrava e matava traficantes para depois pedir resgate a parentes das vítimas.

A Divisão de Homicídios do Rio assumiu a autoria das investigações sobre o caso. O local onde a juíza morava é monitorado por câmeras. Os policiais já levaram o computador com as imagens gravadas. 

Patrícia Acioli começou sua carreira como defensora pública na Baixada Fluminense. Na época, teve o carro metralhado. Ela exercia a função de juíza há cerca de 20 anos.

Apesar de haver uma Delegacia de Homicídios em Niterói, a DH do Rio assumiu as investigações a pedido da chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha.

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos, que esteve no local do crime, afirmou que admite a hipótese de a juíza Patrícia Acioli ter sido assassinada em consequência de sua atuação rigorosa contra grupos de extermínio formado por policiais militares.