Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (6), a chefe da Polícia Civil Martha Rocha informou que a reconstituição do assassinato do menino Juan de Moraes, 11 anos, que desapareceu durante uma operação policial na Baixada Fluminense, está marcada para a próxima sexta-feira (8).
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Ao ser questionada sobre a divulgação, na semana passada, de que o corpo encontrado no Rio Botas, em Belford Roxo, seria o de uma menina, a chefe de Polícia informou que uma sindicância será aberta para apurar o caso. A princípio, a perita que informou tratar-se do corpo de uma menina, baseou-se apenas na análise da ossada encontrada.
No entanto, com o exame de DNA, foi possível confirmar que o cadáver encontrado era o de Juan.
A reconstituição da morte da criança não será apenas na Favela Danon, onde a criança desapareceu, mas também no Rio Botas, em Belford Roxo, onde o cadáver foi localizado na semana passada.
Depoimentos
O depoimento dos 11 policiais militares suspeitos de envolvimento no desaparecimento do menino Juan Moraes, de 11 anos, acabou na madrugada desta quarta-feira, e durou 13 horas.
Foram ouvidos os quatro policiais que informaram ter participado do confronto contra traficantes da favela e os outro sete agentes que estavam nas proximidades do local. Todos dizem que não viram o menino Juan durante o tiroteio.
Quando ocorreu a operação na Favela Danon, os PMs ocupavam cinco carros que já foram analisados pela perícia. Quatro policiais foram afastados das ruas. Dois deles já estiveram envolvidos em autos de resistência.
Juan, o irmão dele, Wesley, de 14 anos, e Wanderson dos Santos de Assis, de 19, foram baleados durante a troca de tiros. Juan vinha da casa de um amigo com o irmão quando ocorreu o confronto. Os meninos atravessavam uma viela, entre os muros altos de duas casas, quando foram atingidos.
Wanderson teve alta na segunda-feira e, assim como a família de Juan, foi incluído no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas.