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Sumiço de menino em operação da PM será investigado pela Alerj

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O sumiço de Juan, menino de 11 anos que desapareceu durante uma operação da Polícia Militar em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense) será investigado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A PM informou que não vai comentar as declarações da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, e disse que a Corregedoria da PM ainda não está no caso.

Os Policiais Militares que participaram da operação afirmaram não ter visto Juan, apenas o irmão dele, atingido por duas balas perdidas, no ombro e na perna. Wesley, de 14 anos, está internado e, segundo os médicos, seu estado de saúde é estável. O menino não corre risco de morte. 

Wesley é testemunha no caso do sumiço do irmão e, por isso, a Comissão de Direitos Humanos pediu proteção à Polícia Civil, que concordou com o pedido e vai conceder proteção ao adolescente. Policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) passaram a noite no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, onde ele está internado.

"O mais importante neste momento é garantir proteção ao menino. É inadmissível uma situação como esta. A Polícia Militar tem que dar resposta, a Corregedoria tem que entrar no caso e a Comissão de Direitos Humanos vai acompanhar passo a passo”, afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo, presidente da comissão. "As evidências mostram que a ação da Polícia Militar é responsável pelo tiro que atingiu essa criança de 11 anos e pelo seu desaparecimento. É urgente que a Polícia Militar dê resposta a esse caso", completou.

Três policiais militares que participaram da operação já prestaram depoimento na delegacia. O delegado da 56ª DP afirmou que ele serão ouvidos novamente. 

"Serão arroladas testemunhas presenciais para a elucidação desse fato”, disse o delegado. 

Enquanto o caso não é resolvido, a família aguarda uma resposta. 

“Estou procurando, morto ou vivo, tenho que ver meu filho”, afirmou o pai do menino.