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Defensoria Pública obtém liminar impedindo demolição de quiosques na Mangueira

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A Justiça do Rio concedeu liminar em Ação Civil Pública impetrada pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro a favor dos comerciantes da favela da Mangueira.  

A decisão impede a demolição dos quiosques de comerciantes da comunidade enquanto não for determinado o valor da indenização que cada um deles deverá receber.

A Prefeitura do Rio alega que as barracas foram construídas em locais irregulares.

O ônibus da Defensoria Pública permanece na favela da Mangueira. Nesta segunda-feira, o veículo foi deslocado para a rua Visconde de Niterói, próximo ao Buraco Quente.

Após ocupação, choque de ordem retira  construções irregulares na Mangueira

Agentes da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) demoliram, até o momento, 18 construções de comércio irregular, em continuidade à ação de ocupação da comunidade da Mangueira por forças policiais, ontem, domingo, dia 19. Até agora, foram rebocados 20 veículos abandonados, sendo três motos.Técnicos da Light também desativaram 23 ligações clandestinas.

Participam da ação 120 pessoas, entre agentes da Seop, Guarda Municipal, garis da Comlurb, Seconserva, Polícia Militar e Civil. A operação conta com o apoio de 12 reboques.

Cerca de 200 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizam revista nas ruas da comunidade da Mangueira, na Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira. O objetivo é apreender armas, drogas e munições.  A previsão para a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) é de 40 dias. A 18ª UPP  vai contar com quatro bases e 380 oficiais, o maior efetivo de uma unidade desde sua primeira instalação.

Secretaria de Segurança faz balanço da ocupação na Mangueira

Balanço divulgado na noite deste domingo pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro sobre a ocupação no Morro da Mangueira mostra que 32 veículos foram recuperados. Houve apreensão de 300 trouxinhas de maconha, 35 quilos de maconha, 2.504 papelotes de cocaína, oito tabletes de maconha, um tablete de crack, 1.374 pedras de crack, três cheirinhos da loló, dois carregadores de pistola taurus, um radiotransmissor e uma réplica de fuzil. Duas pessoas foram presas (uma em flagrante com drogas e outra por cumprimento de mandado de prisão por tráfico de drogas). Dois menores foram apreendidos (flagrante com drogas). 

 A operação na Mangueira

Cerca de 400 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Companhia de Cães, Grupamento Aéreo e 14º BPM (São Cristóvão) ocuparam a Mangueira e as comunidades vizinhas dos morros dos Telégrafos, do Parque Candelária e do Tuiuti. A operação, que ocorreu sem confrontos, contou ainda com o apoio dos chamados ‘caveirões` e retroescavadeiras do Bope e de helicópteros das polícias Militar e Civil, além de policiais da 17ª DP (São Cristóvão) e de agentes da Polícia Federal.

Quatro helicópteros e 14 viaturas participaram da operação de ocupação da comunidade

Quatro helicópteros, sendo dois blindados, das polícias Civil e Militar, outras 14 viaturas blindadas, motos, ônibus, ambulâncias e reboques também participaram da missão, como aconteceu na retomada dos complexos do Alemão e Penha, no fim do ano passado, e de São Carlos/Santa Teresa, em fevereiro. Entre os blindados, o anfíbio Lagarta M-113, capaz de derrubar barreiras de concreto e ferro, colocadas pelos traficantes, foi usado para transportar parte da força de ocupação ao alto dos morros. Ele tem capacidade para levar até 12 pessoas de uma vez e possui uma metralhadora calibre .50, com poder para derrubar até aeronaves.

A Secretaria de Segurança montou um Centro de Comando e Controle, na 111ª Companhia de Apoio de Material Bélico, em São Cristóvão, para acompanhar toda a ação. Pela primeira vez, foram instalados aparelhos de GPS em viaturas e rádios transmissores da PM, para checar a localização e distribuição dos policiais. Uma câmera com sensor de visão frontal infravermelho instalada no helicóptero Esquilo, da Polícia Civil, também auxiliou os agentes, como na operação de retomada do Alemão.

Homens da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis vasculharam a comunidade à procura de veículos roubados. Uma equipe da Secretaria Municipal também esteve no local para fazer um levantamento das construções irregulares, que futuramente serão demolidas. As bandeiras do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro foram hasteadas numa localidade conhecida como Caixa D'água, no morro dos Telégrafos. Panfletos informativos, com fotos dos criminosos mais procurados da comunidade, foram jogados do helicóptero da PM, solicitando que a população denuncie os paradeiros e possíveis esconderijos de armas e drogas.

Para o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a ocupação foi um sucesso e representa uma conquista para o Estado e a população.

"Iniciamos hoje a instalação da 18ª UPP, com presença maciça de policiais,no sentido de garantir que não houvesse qualquer tipo de reação e o plano se confirmou. Esse momento é importante para a segurança pública, porque nunca uma instituição entrou aqui sem ser rechaçada a tiros. Hoje, não só entramos, como devolvemos o território seus moradores. A polícia entrou para ficar, assim como nas outras comunidades. Após a instalação das tropas, o trabalho ficará mais focado no vasculhamento, na intenção de localizar pessoas procuradas pela Justiça, drogas, armas e qualquer outro objeto ilícito, com a colaboração popular", disse o secretário.