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Bombeiros decidem abrir diálogo com novo comandante da corporação

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Em reunião realizada na manhã desta terça-feira com o presidente da Assembleia Legistatila (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), os líderes do movimento dos bombeiros do Estado do Rio decidiram abrir negociação com o novo comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, que já havia afirmado, na segunda-feira, estar disposto ao diálogo.

"Vamos conversar com o comandante, já que ele foi autorizado pelo governador Sérgio Cabral a conduzir a negociação. Mas a nossa principal reivindicação, no momento, continua sendo a liberdade para os 439 colegas presos", disse o subtenente Edmílson, que integra o movimento. 

O subtenente acrescentou ainda que a categoria quer a participação de representantes da Justiça Militar nesta conversa, mas adiantou que ainda não foi definida a data do encontro. Eles também exigem anistia "ampla, geral e irrestrita" aos colegas detidos.

Veja vídeo de protesto na Alerj:

Presos amontoados

Os 439 bombeiros presos no quartel de Jurujuba, em Niterói, divulgaram esta madrugada as fotos das condições em que são mantidos. Eles dormem amontoados e sem as mínimas condições de higiene. Ontem, uma mulher de um bombeiro já tinha revelado que o marido ficou 24 horas sem água e comida. Segundo ela, as condições tinham melhorado nas últimas horas, mas ainda eram precárias.

Enquanto isso. a madrugada foi tranquila nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro da cidade, onde os bombeiros estão acampados há três dias. Os militares garantem que continuam mobilizados na luta por melhores salários e condições de trabalho. Eles ganham um salário de R$ 950, e pedem aumento para R$ 2 mil.

O impasse entre os bombeiros e o Governo do Estado teve início na última sexta-feira, dia 3. Após realizar uma passeata pelo Centro do Rio, os manifestantes invadiram o Quartel Central da corporação. Às 6h da manhã de sábado, homens do Bope entraram no quartel para retirar à força os bombeiros, e 439 acabaram presos e encaminhados para a Corregedoria da Polícia Militar, em São Gonçalo.

Em entrevista, o governador Sérgio Cabral afirmou que os manifestantes eram vândalos e que iriam responder administrativa e criminalmente pelos atos. Cabral também exonerou o então comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel  Pedro Machado.