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"Não precisava ser assim", diz deputada que esteve no quartel no Rio

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De acordo com a deputada estadual Janira Rocha, do Psol, houve truculência por parte da Polícia Militar ao entrar no quartel central dos Bombeiros. Segurando um cartucho vazio de bala de fuzil, ela disse que "eles entraram atirando bombas e dando tiro de fuzil. Não precisava ser assim". Janira, que estava dentro do quartel do Comando-Geral dos Bombeiros para intermediar as negociações, contou que houve uma tentativa de diálogo por parte do comandante-geral, Mário Sérgio Duarte.

A deputada contou que a esposa de um dos manifestantes que estava grávida passou mal e que o médico dos bombeiros que estava no quartel, mas não fazia parte dos protestos, teria se recusando a atendê-la. A mulher foi levada para uma maternidade no carro de Janira e, segundo ela, teria perdido o bebê.

Segundo Janira, o comandante entrou no quartel dos bombeiros e falou com os manifestantes do alto de uma viatura no pátio. Ele teria explicado que a ordem era de invadir e dispersar a manifestação, mas que sua intenção era negociar e fazer isso de forma pacifica. Conforme a deputada, os bombeiros aceitaram as condições de Mário Sérgio Duarte, no entanto, solicitaram que o comandante-geral dos Bombeiros Pedro Machado comparecesse ao local e dialogasse com eles.

Sobre a reivindicação de aumento salarial solicitada pelos bombeiros, Janira questionou o governador Sérgio Cabral: "pergunta para ele se conseguiria viver com um salário de R$ 950 reais que ganham os profissionais desse Estado".

Após a entrada do Batalha de Operações Especiais da Polícia Militar, somente mulheres e crianças dispersaram segundo Janira. Os bombeiros que permaneceram no local pediram para deixar o quartel com dignidade, pedido que foi atendido pelo comando da PM. Caminhando em fila em direção aos ônibus que os levaram até o Batalhão de Choque, os manifestantes cantaram o hino nacional.