Um bueiro da Light, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade, explodiu na esquina da Avenida Gomes Freire com a Rua da Constituição, no Centro do Rio. As chamas, que superaram os seis metros de altura, chegaram ao segundo andar do sobrado de número 54. Foram ouvidos três estrondos, o que levou pânico a comerciantes e pedestres que passavam pelo local.
De acordo com o lojista Denílson Monteiro Vitor (veja o vídeo), de 39 anos, homens da companhia trabalhavam nas galerias subterrâneas da Rua da Constituição, inclusive na que explodiu, desde a manhã desta quarta-feira. A Light, porém, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que seus funcionários não trabalharam no bueiro. A concessionária informou ainda que não é possível indicar as causas do acidente.
Homens do Quartel Central do Corpo de Bombeiros, que fica a poucos metros do local da explosão, chegaram poucos minutos depois do fogo, e combateram o incêndio com pó químico.
Casos recentes
No último dia 29, moradores de Copacabana ficaram assustados depois que um bueiro da Light, na esquina das ruas Domingos Ferreira e Constante Ramos, no Posto 4, começou a soltar fumaça. Os bombeiros isolaram o local para evitar riscos aos pedestres.
Já no dia 23 do mesmo mês, um outro bueiro da mesma concessionária de energia elétrica explodiu na Rua do Riachuelo, altura do número 256, próximo à rua do Resende, no Centro, também assustando os moradores. A explosão fez com que a tampa de ferro fosse lançada a cerca de 60 centímetros do buraco. Não houve feridos.
No início do mês de maio, uma grande quantidade de fumaça saiu de um bueiro na Rua Marquês de Abrantes, altura da Praia de Botafogo, na Zona Sul. Segundo os técnicos, ela foi provocada pelo aquecimento de um cabo, que entrou em curto-circuito.
Medo dos bueiros
De acordo com a enquete realizada pelo Jornal do Brasil no dia 23 de maio, 89% dos leitores informaram ter medo de andar pelas ruas da cidade próximas aos bueiros de energia elétrica.
O leitor Leonardo Rasz, do Rio de Janeiro, afirmou que é bem comum as instalações estarem quebradas ou sem a tampa de ferro no local apropriado. "Às vezes é preferível até andar pela rua com medo de passar próximo ou em cima dos bueiros. É um desafio constante!", escreveu.
Já para Marcos B. Villela, também do Rio de Janeiro, o temor causado pelos acontecimentos é apenas paranoia. " Desse jeito não vamos mais andar nas calçadas por causa dos buracos, sob as árvores por causa dos frutos que caem (cuidado com as jaqueiras!), sob os postes por causa dos fios (...)", criticou.