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PF prende ex-chefe da delegacia da Polícia Rodoviária acusado de corrupção

Operação Pisca-Alerta cumpriu oito mandados de prisão

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RIO - A Operação Pisca-Alerta, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, prendeu oito policiais rodoviários federais acusados de corrupção. Entre os presos está o ex-chefe da 3ª delegacia de Polícia Rodoviária Federal, em Itaguaí. Os presos são suspeitos de participar de um esquema de corrupção e cobrança de propina de empresários da região de Angra dos Reis, Itaguaí, Paraty e Mangaratiba.

Inicialmente, a informação divulgada era de que o detido seria o chefe da 3ª delegacia. Depois, a Polícia Rodoviária Federal informou que o preso saiu do cargo em dezembro do ano passado, durante investigações.

Dezoito pessoas foram denunciadas pelo esquema, sendo 15 policiais rodoviários federais. Os outros três são empresários. Dos dez mandados de prisão expedidos, oito foram cumpridos. Um não pôde ser cumprido porque o policial foi assassinado no último dia 4, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A operação mobilizou 120 policiais federais e contou com o apoio de agentes da Corregedoria e do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram expedidos dez mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão.

Em setembro de 2010, após denúncia do Ministério Público, toda a cúpula da Polícia Rodoviária Federal do Rio de Janeiro foi afastada por suspeita de corrupção. Agentes foram acusados de envolvimento em esquema de liberação de veículos apreendidos em situação irregular na Via Dutra.

A ação desta sexta-feira foi uma continuidade da Operação Guilhotina, iniciada há cerca de um mês e meio, na qual foram presos 38 policiais civis e militares suspeitos de envolvimento com milícias, tráfico de drogas e armas e exploração de máquinas de caça-níqueis.

Na época foi preso, inclusive, o ex-subchefe operacional da Polícia Civil, delegado Carlos Oliveira. A prisão do delegado acabou provocando a saída do então chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski


PRF divulga nota repudiando conduta dos servidores

Em nota divulgada pela manhã, a PRF repudia os desvios de conduta de seus servidores e informa que os fatos que geraram os mandados de prisão para agentes da instituição ocorreram em 2009 e 2010.

"Procedimentos desta natureza  fazem parte de um processo de crescimento institucional e aprimoramento do serviço policial prestado à sociedade. A PRF tem se  empenhado em controlar os desvios de conduta de seus servidores a fim de que casos como estes tendam a diminuir cada vez mais. Para isto, têm sido realizados treinamentos constantes sobre a área correcional com  foco na responsabilidade ética do agente da lei e sua representação diante da população", acrescenta a nota.

Ainda segundo a PRF, as prisões foram realizadas respeitando todas as garantias legais que amparam qualquer cidadão brasileiro e representam a parte final de um longo processo investigativo. "Entendemos que estas são ações necessárias não só para afastar maus policiais mas também para exemplificar de maneira eficaz a posição da 5ª SRPRF no Rio de Janeiro em relação a qualquer desvio de conduta cometido por seus servidores", conclui.