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Gerdau investe R$ 2,5 bilhões no Estado do Rio e governador comemora

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O governador Sérgio Cabral participou, nesta quarta-feira (2/03), no Palácio Guanabara, da solenidade de anúncio pelo grupo Gerdau da decisão de investir em torno de R$ 2,5 bilhões, nos próximos cinco anos, na expansão da usina Cosigua, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, para aumentar em 50% a produção de aço da unidade - a siderúrgica passará a produzir até 1,8 milhão de toneladas de aço/ano -, e para instalar um novo laminador de fio-máquina e vergalhões, com capacidade para fabricar 1,1 milhão de toneladas de laminados/ano - atualmente, a produção é de 1,4 milhão de toneladas por ano -, alcançando 2,6 toneladas/ano.

Segundo o presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, os investimentos ora anunciados seguem os mais rigorosos padrões de proteção ambiental e envolvem a implantação de toda a infraestrutura necessária para a expansão da unidade industrial. Ao final do investimento, serão criados 550 empregos diretos permanentes e três mil indiretos.

Segundo o governador, o Estado do Rio vive hoje um momento de crescimento econômico, atraindo muitos investimentos. O governador informou que o Rio de Janeiro bateu o recorde da abertura de novas empresas em 2010: 41.986 empresas abertas, contra 26.261 em 2007. Também foi batido o recorde na geração de empregos formais no ano passado, com a criação de 190 mil postos de trabalho.

"Recebo, com cada vez mais frequência, executivos, empresários, presidentes de conselhos de grandes empresas multinacionais desejosos de prospectar, investir, reinvestir, se instalar no Estado do Rio, mas nada me deixa mais feliz do que ver uma empresa nacional, do padrão da Gerdau, evoluindo, ampliando e nos dando orgulho. Uma multinacional brasileira, com competitividade, com qualidade, com condições de ir para o mundo, um benchmarking de excelência", aplaudiu o governador.

Cabral destacou o Estado do Rio como sendo, hoje, uma referência na siderurgia nacional. Pelos cálculos do Governo do Estado, o Rio de Janeiro deverá assumir nos próximos anos a liderança na produção de aço no país, cuja produção gira em torno de 33 milhões de tonaladas/ano.

– Por mais que, no mundo moderno, os aspectos de Tecnologia da Informação tenham avançado e sejam fundamentais para a economia, não há dúvida que durante o século 20 e ainda durante o século 21 e por muito boas décadas, um termômetro fundamental para se medir o índice de desenvolvimento de um país, de uma região, é a siderurgia, a produção de aço. E o Rio de Janeiro passa por um processo de investimentos extraordinários que a Gerdau, aqui desde 1971, se insere cada vez mais, mostrando uma saúde financeira e empresarial invejável – elogiou Cabral.

 

Brasil consome aço bem abaixo de sua capacidade

Segundo o presidente do Conselho de Administração da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, a previsão é que a produção de aço no país deva crescer em torno de 6% a 7% em relação ao crescimento global da produção. Mesmo assim, segundo ele, o Brasil consome per capita apenas 120 quilos/ano, enquanto o consumo em média na Alemanha e nos Estados Unidos chega perto dos 400 quilos/ano por pessoa.

– Quando reclamam que a gente não investe mais, eu digo que se constrói de menos no país. Aço não falta. De baixo para cima, a capacidade de aço do Brasil é 100% maior que o consumo interno. O Brasil consumiu 23 milhões de toneladas por ano e temos uma capacidade de produzir 47 milhões de toneladas/ano. Sobra aço, falta é consumo – constata o empresário, acrescentando que o mundo produz hoje 1,4 bilhão de toneladas de aço/ano - 47% só na China -, mas tem capacidade para fabricar 1,8 bilhão toneladas/ano.

A Gerdau é a maior produtora de aços longos das Américas e uma das maiores fornecedoras do mundo de aços longos especiais. Sua produção mundial ultrapassa 25 milhões de toneladas de aço/ano. Ela ocupa o 13º lugar no ranking das maiores siderúrgicas do mundo.

Também participaram da solenidade os secretários chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, e de Transportes, Julio Lopes, e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico do Rio, Felipe Góes, entre outros.