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Jobim diz que Exército será intransigente com desvios de conduta de militares no Alemão

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Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje (25) que o Exército não vai aceitar desvios de conduta de militares que integram a Força de Pacificação dos Complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Na última semana, o Exército afastou 30 militares suspeitos de roubar pertences de moradores da comunidade.

Uma sindicância foi aberta para apurar a participação de cada militar no episódio do furto. Segundo Jobim, a decisão do Exército de investigar e afastar os militares é importante para que desvios de conduta não “contagiem” os demais militares.

“O Exército é absolutamente intransigente nesse tipo de situação. Isso precisa se tornar exemplar para os demais”, disse Nelson Jobim, durante evento no Complexo do Alemão.

O Exército ocupa o conjunto de favelas, junto com policiais fluminenses, desde o final de novembro.

O caso

O Exército investiga um furto numa casa do complexo do Alemão. Trinta militares foram afastados do patrulhamento por suspeita de envolvimento no caso. Também foram retirados das ruas outros 23 policiais militares que estavam de plantão no dia do crime.

De acordo com a denúncia, no dia 3, um aparelho de ar-condicionado e outros objetos teriam sido furtados de uma casa na comunidade da Fazendinha por um tenente da Brigada Paraquedista, que comandava um pelotão de quase 30 homens. Depois do furto, a área foi emprestada para a associação de moradores da comunidade.

O tenente suspeito faz parte da Força de Pacificação, criada para dar apoio ao patrulhamento dos conjuntos de favelas do Alemão e da Penha, onde uma grande operação policial expulsou traficantes.

O general Fernando José Lavaquial Sardenberg, comandante da Força de Pacificação, afastou os militares e abriu um processo investigatório. Um documento para o Comando Geral da Polícia Militar do Rio foi encaminhado solicitando que os 23 policiais militares que atuavam na área fossem também afastados.

A assessoria da Força de Pacificação divulgou a seguinte nota: “O processo investigatório inicial será finalizado em cerca de dez dias e, sendo verificado indício de crime, dará origem a um Inquérito Policial Militar, iniciando um processo judicial que irá apurar as responsabilidades com o máximo rigor da legislação, podendo, inclusive, resultar na expulsão dos militares envolvidos”.

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Com Agência Brasil