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Sindicância da Marinha apura se houve trote violento em alunos da Escola Naval

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RIO - A Marinha já abriu sindicância para apurar o caso de 12 alunos da Escola Naval que foram hospitalizados depois de supostamente terem sido submetidos a trotes violentos. O Comando do 1º Distrito Naval informou que os problemas podem ter sido causados pelo treinamento físico que vem sendo aplicado aos alunos que estão em estágio de adaptação na unidade desde o último dia 9.

Segundo a nota da Marinha, ao término da primeira semana do estágio, três aspirantes tiveram dores abdominais e vômitos e foram internados no Hospital Naval Marcílio Dias, onde permanecem. Os outros foram examinados por médicos da Escola Naval para saber se tinham sintomas semelhantes. Nove apresentaram problemas de saúde parecidos e também foram internados. Todos estão sob tratamento.

— O quadro é bom e os alunos estão evoluindo bem clinicamente. Não houve trote de maneira nenhuma. Essa palavra não existe na Escola Naval. O que existe é atividade física e treinamento físico-militar, mas tudo é muito bem planejado — disse o comandante da Escola Naval, almirante Leonardo Puntel.

No entanto, parentes dizem que os jovens foram submetidos a um trote violento. Veteranos teriam obrigado os novos alunos a correr e fazer flexões debaixo de sol forte. Eles teriam sido obrigados a correr com mochilas e malas pesadas e sem poderem se hidratar. Ainda segundo as famílias, dois dos internados apresentaram quadro de insuficiência renal e precisaram ser submetidos à diálise. Um outro foi levado pelos pais para um hospital particular e está internado no CTI, também com problemas renais.