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Psicóloga desaparecida em prédio estava escondida no carro da síndica

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RIO - A psicóloga Karen Tannhauser, de 37 anos, foi encontrada desorientada e em estado de choque na tarde de hoje dentro do porta-malas do carro de um vizinho no prédio onde mora, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio. Vizinhos, que preferiram não se identificar, disseram que Karen foi interrogada no escada do prédio.

De acordo com a síndica do prédio, ela a família sairam de carro e quando chegaram na garagem do prédio retiraram objetos do porta-malas que não foi fechado de maneira adequada. O filho dela teria descido mais tarde para fechar o carro, mas não verificou o que tinha dentro do veículo. Mais tarde, no mesmo dia, o marido da síndica foi até o carro para pegar algumas ferramentas que estavam no porta-malas. Neste momento, Karen pulou em sua direção fora de si e bastante suja, de acordo com informações passadas pela polícia. 

Os investigadores analisam a possibilidade de a psicóloga ter ficado escondida dentro do próprio prédio desde a sexta-feira (31). Na manhã de hoje policiais civis fizeram nova perícia no prédio onde mora a psicóloga. Câmeras de segurança mostrariam Karen entrando no prédio, mas não existiria imagem dela saindo.

Hoje mais cedo, a mãe da psicóloga, Sônia Tannhauser, 63, fez um apelo por informações sobre a filha. Ela implorou para que a filha voltasse para casa porque seria recebida de braços abertos pela família.

A mãe, Sonia, e o namorado de Karen afirmaram depoimento à delegada Bárbara Lomba, titular da 15ª DP (Gávea), que ela teria telefonado no dia 31 para dizer que iria fazer uma caminhada na Lagoa Rodrigo de Freitas. Desde então, eles não tinham notícias dela.

Foi feita uma varredura no prédio e buscas em hospitais da região, sem sucesso.  "É uma angústia enorme. Não temos ideia do que ocorreu", chegou a dizer o pai da psicóloga, o dentista Roberto Tannhauser, 69 anos. Caixas d'água e poços de elevadores do prédio também chegaram a ser vasculhados.

No dia 31, Karen esteve com a mãe, no Shopping da Gávea, Zona Sul do Rio. De acordo com a família, o namorado da psicóloga buscou as duas e, depois de deixar Sônia na casa da mãe dela, no Leblon, seguiu com Karen para almoçar.

A psicóloga teria sido deixada em casa por volta das 14h, quando foi filmada pelas câmeras de segurança. O pai conta que chegou em casa por volta das 15h40 para ver a corrida de São Silvestre e não encontrou ninguém. Por volta das 19h30, o namorado chegou e os dois, então, começaram a suspeitar que algo havia acontecido. O pai encontrou o celular da filha em seu quarto.

O edifício onde Karen mora possui oito câmeras, que monitoram os quatro elevadores e a portaria. Há apenas uma entrada e saída do prédio.