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Polícia usa equipamento de identificação digital no Alemão

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O Instituto de Identificação Félix Pacheco (IIFP) começou a usar, nesta quarta-feira, no complexo do Alemão, no Rio, o equipamento denominado Live Scan, sistema de tecnologia automatizada do Detran (Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro). Esse aparelho é usado quando o indivíduo não tem documento ou os dados que forneceu não batem com a base de dados da Polícia Civil.

"O Live Scan é usado quando não consigo confirmar a identidade de um indivíduo. Quando isso acontece, colocamos o polegar da pessoa no equipamento, que conta com toda a base do Detran, órgão emissor da carteira de identidade", disse Marcio Pereira de Carvalho, diretor do IIFP. Se a pessoa escondeu algo, é porque tem algum problema. Com isso, conseguimos verificar inclusive possíveis mandados de prisão, através dos dados da polícia."

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, através do IIFP, disponibilizou para esta operação um posto avançado com 4 papiloscopistas, peritos em confrontar impressões digitais, em cada plantão trabalhando ininterruptamente visando a identificação de cidadãos conduzidos por policiais. O posto está localizado na rua Joaquim de Queiroz, esquina com Estrada do Itararé.

O diretor explica que algumas situações não podem ser detectadas pelo equipamento, como, por exemplo, quando o cidadão não tem documento do Rio de Janeiro. Neste caso, ele digitaliza os dados do indivíduo e envia para a base da Federal, para um confronto.

Os dados são enviados dependendo do caso ao IIFP , Polinter e para a Polícia Federal. Se existem mandados de prisão expedido para o cidadão, ele é encaminhado à delegacia.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis incendiaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer). Na terça-feira, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal se juntaram às forças de segurança no combate à onda de violência que resultou em mais de 180 veículos incendiados.

Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tomaram a vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Alguns traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, que foi cercado no sábado. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do Complexo do Alemão, praticamente sem resistência dos criminosos, segundo a Polícia Militar. Entre os presos, Zeu, um dos líderes do tráfico, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes em 2002.

Desde o início dos ataques, pelo menos 39 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados.