ASSINE
search button

ONG propõe mediação da rendição dos traficantes do Complexo do Alemão

Compartilhar

 

A ONG Rio de Paz divulgou uma proposta, feita ao governo do Estado, nesta sexta-feira (26), para mediar a rendição dos traficantes do Complexo do Alemão. Inicialmente, a organização pretende dar um prazo aos criminosos para deporem as armas e se entregarem à polícia, antes de uma provável operação no local.  

Nota oficial da ONG Rio de Paz com os motivos para sua mediação:

1.   O possível efeito emocional e dissuasório da ação inédita, realizada no dia de ontem, pelas forças policiais em parceria com a Marinha brasileira, sobre a vida dos membros da facção criminosa que atua naquela localidade.
 

2.   A preservação de centenas de vidas, uma vez que, a probabilidade de banho de sangue é concreta, caso haja resistência por parte dos narcotraficantes. O   Rio de Paz   quer evitar, entre outras coisas, cenas de pais e mães carregando no colo corpo ensangüentado de filho morto.

  3.   O aspecto moral da questão. Oferecer-lhes a proposta de rendição, que preservaria vidas humanas, é atitude que melhor se harmoniza ao espírito que deve reger as relações humanas no Estado Democrático de Direito.

Em seu blog, o presidente da organização, Antônio Carlos Costa, também parabenizou as medidas tomadas pelo Poder Público após a crise instaurada no Rio de Janeiro. Antõnio ressaltou a retomada da comunidade da Vila Cruzeiro, a união das forças armadas brasileiras e a transparência das autoridades na área de segurança.

  “O mundo está de olho no Rio de Janeiro, torcendo para que encontremos solução para a crise da segurança pública, mas atento a fim de saber se o nosso procedimento será de povo civilizado. Estamos diante de grande aceno à democracia: nunca tantos anelaram pela vitória sobre o crime organizado. Estamos diante de grande ameaça à democracia: nunca tantos quiseram a vitória sobre o crime organizado a qualquer preço. A mínima possibilidade de vitória sem derramamento de sangue impõe o dever imperioso de darmos chance à solução pacífica. Pode parecer romântico, mas antes de tudo trata-se de uma demanda da razão e do amor” , declara Antônio C. Costa, presidente do Rio de Paz.