ASSINE
search button

Paes inicia trabalhos para ônibus articulados entre Barra e Penha

Compartilhar

Carlos Braga, Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - Engenheiros e arquitetos, que pertencem aos quadros da prefeitura, foram convocados pelo prefeito Eduardo Paes, por meio de decreto publicado no Diário Oficial, para participar da construção do Corredor T5. Trabalharão para concretizar uma das promessas de campanha de Paes: um corredor exclusivo, entre a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e a Penha, subúrbio da cidade, para ônibus articulados. Para a prefeitura, a execução da obra será fundamental para facilitar a locomoção do torcedor durante a Copa do Mundo, em 2014, além de dar uma força à candidatura do Rio aos Jogos Olímpicos.

Grupo de trabalho

A primeira britadeira, porém, só deve ser ouvida depois que o grupo de trabalho, criado por Paes em maio, apresentar o plano que tirará o Corredor T5 do papel, o que deve acontecer em novembro. Até lá, só o barulho produzido pela discordância de especialistas. Para o engenheiro, com mestrado em transportes pela UFRJ, José de Oliveira Guerra, o problema é a lentidão.

A primeira concepção do Corredor T5 vem da década de 80. Este projeto vem sendo trabalhado há cerca de 20 anos disse Guerra. Ele foi ficando para trás, mas parece que está saindo agora. Veio evoluindo lentamente, com licitações que não tiveram resultado, com posteriores remodelações, para que se fizessem outras licitações.

O doutor em engenharia de transportes pela Coppe UFRJ, Fernando McDowell, critica o meio de transporte escolhido: o ônibus. Para MacDowell, a região por onde passará o Corredor T5 tem uma demanda superior ao que o sistema que a prefeitura propõe pode suportar.

Vão pôr no corredor esses ônibus para atender a 300 mil pessoas por dia, que serão transportadas por um sistema que é muito lerdo, trafegando com sinais de trânsito. Custará R$ 700 milhões, e a tarifa será alta, R$ 3,50 algo em torno disso. É uma maldade pegar um corredor desse, que passa em Madureira, e colocar um sistema desse porte que é lerdo para fazer o papel de transporte sobre trilhos.

Como solução, McDowell propõe um sistema chamado aeromóvel, uma espécie de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).

O aeromóvel custaria em torno de R$ 500 milhões, e, na parceria publico privada, o governo entraria com R$ 70 milhões, no máximo, e a tarifa seria R$ 1,86.